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Saúde

Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva e Residência Multiprofissional da Unesc propõem debate sobre interprofissionalidade

Palestra foi ministrada pelo pós-doutor em Antropologia Médica, Ricardo Burg Ceccim (Imagem: Reprodução GoogleMeet)

Alinhado ao que há em evidência na área de educação na saúde, o PPGSCol (Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva) da Unesc promoveu o evento online “Interprofissionalidade na formação e no trabalho do SUS: por que essa prática está distante de muitos espaços de atuação em saúde?”. Realizado na noite de terça-feira (21/10), o momento foi marcado pela palestra do pós-doutor em Antropologia Médica, Ricardo Burg Ceccim, e a participação da coordenadora do Programa de Residência Multiprofissional e reitora da Universidade, Luciane Bisognin Ceretta. A dinâmica foi mediada pela professora Fabiane Ferraz. 

O evento foi alinhado junto ao Programa de Residência Multiprofissional da Instituição, e registrou mais de 180 espectadores simultâneos. “Ter o Ricardo conosco é uma grande alegria, o reforço das tantas lutas. Sempre tivemos como norte as construções que ele, quando à frente do Ministério da Saúde, implantou neste país, um dos melhores tempos da área da educação na saúde. É um momento precioso, que certamente vai nos mobilizar para seguir em busca da construção destes profissionais presente na Residência da Instituição, capazes de fazer transformações na vida das pessoas”, enalteceu a reitora.

O residente da Universidade, Diego Floriano de Souza, explicou que ao pensar o evento, a comissão organizadora idealizou uma proposta capaz de apontar as potencialidades do tema alinhado ao ideário do Movimento da Reforma Sanitária Brasileira, que aposta que toda a vida deve ser valorizada e vivida.

Conforme Ceccim, a interprofissionalidade na educação na saúde tem diversas perspectivas, como relações que vão desde os usuários do Sistema Único de Saúde e compreensão da vida. “A palavra vem ganhando certa notoriedade junto às políticas de saúde no Brasil e no mundo, especialmente no tocante à educação. Essa notoriedade decorre de ter-se tornado relevante inserir na gestão do trabalho e da educação na saúde critérios e parâmetros de regulação da atividade profissional em equipe e de organização curricular da formação para o trabalho em equipe. O debate necessário, entretanto, não envolve apenas tais critérios e parâmetros. O conceito e sua história ainda são pouco conhecidos e seu uso, no mundo do trabalho ou da educação, ainda vem permeado pela confusão, quando não tomado como simples sinônimo das palavras ‘multiprofissionalidade’, ‘multidisciplinaridade’ e ‘interdisciplinaridade’, explica.

O professor também trouxe relações entre a interprofissionalidade e a multiprofissionalidade, propondo debates sobre a tematização do termo, desde sua trajetória, necessidade de conceitualização, gestão do trabalho e da educação na saúde e a proposta de uma rede de serviços orientada pela integralidade, resolutividade, satisfação dos usuários e maior cuidado e implicações junto aos trabalhadores. 

Após a palestra, o professor convidado trouxe os espectadores para o diálogo sobre o tema. Houve a oportunidade de questionamentos, trocas de ideias e propostas sobre alguns  pontos do tema.

 

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