Mais de 20 acadêmicos das 2ª e 4ª fases do curso de Ciência da Computação, participantes do Projeto de Extensão de Curricularização Interdisciplinar, acompanhados pelos professores Luciano Antunes, Matheus Leandro Ferreira e André Faria Ruaro, estiveram na sede da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), de Criciúma. O objetivo foi identificar possíveis soluções para melhorar a qualidade de vida dos estudantes e colaboradores da instituição.
Na recepção, o grupo foi acolhido pelo presidente Eduardo Reis de Farias e pela diretora Daiane Rodrigues Resende Rubbo, que apresentaram as principais necessidades da Apae. Durante a roda de conversa, a diretora aproveitou para explicar o trabalho realizado na instituição, bem como o perfil dos alunos atendidos. A partir dessa troca de informações, foram identificadas duas soluções que poderiam otimizar os serviços que são oferecidos aos frequentadores.
Propostas
A primeira solução seria o desenvolvimento de um sistema para gerenciar os horários dos multiprofissionais que atuam como fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e psicólogos. A criação de uma agenda eletrônica poderia melhorar a organização e a eficiência dos atendimentos.
A segunda demanda foi a criação de uma aplicação voltada para indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) que não são verbais. Essa ferramenta seria uma aplicação de Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA), permitindo que os alunos se comuniquem de forma mais eficaz, relatando, por exemplo, suas atividades diárias.
Segundo o coordenador do curso, esse tipo de ação é realizada semestralmente com as turmas da 2ª e 4ª fase, dentro do Projeto Interdisciplinar. “É uma atividade que integra as disciplinas desses períodos da academia. Além disso, o projeto está alinhado com o processo de curricularização da extensão no curso de Ciência da Computação. O projeto proporciona aos estudantes uma oportunidade valiosa de aplicar o conhecimento teórico em situações práticas, permitindo que desenvolvam soluções tecnológicas para problemas reais enfrentados pela Apae”, explicou Antunes.
Ao participar da ação, os estudantes aprimoram as habilidades técnicas, como a análise de sistemas e desenvolvimento de software, ao mesmo tempo que aprendem a trabalhar de forma colaborativa e interdisciplinar, integrando diversas áreas do conhecimento.
Inclusão à cidadania
Para nós da Apae, esse contato com os acadêmicos, promove o desenvolvimento de uma consciência social, engajando-os acadêmicos em questões relacionadas à inclusão e cidadania. “Esta iniciativa da Unesc, desperta neles empatia e sensibilidade para as necessidades de pessoas com deficiência. Esse tipo de experiência fortalece não apenas o aprendizado acadêmico, mas também o crescimento pessoal e a responsabilidade social desses futuros profissionais, além de propiciar uma melhor qualidade de vida aos nossos alunos”, avaliou o presidente.