O Espaço Toque de Arte da Unesc recebe a partir da noite desta quinta-feira (8/08), a Mostra de Artistas Criciumenses re(pensar) – re(ver) – re(agir): natureza e vida, dos artistas Breno Stern; Brisa Azambuja; Cármen Neves; Lip Wadocha; Manoel da Silva e Sérgio Brady. A visitação ao local, que fica no Bloco Administrativo da Universidade, fica aberta até o dia 30 de setembro.
A pró-reitora de Pesquisa, Pós-Graduação, Inovação e Extensão, Gisele Coelho Lopes, lembrou que o Espaço Toque de Arte completa 24 anos em agosto e que esta é a exposição de número 145. “Temos o privilégio de ter lideranças na Unesc que acreditam na causa. “A professora Lenita está sempre com a equipe cuidando desse ambiente como se fosse a sua casa. Eu digo que isso tem um valor muito importante. Ela tem este cuidado de valorizar a cultura, não somente o texto que nós imprimimos na nossa política de cultura. A cultura precisa ir além. Ela precisa estar na prática, no cotidiano da nossa Instituição”, disse.
“Todas as gestões, e quero agora frisar e valorizar o trabalho da nossa reitora Luciane Bisognin Ceretta, que tem apoiado incansavelmente a arte e a cultura na nossa Universidade e valorizado iniciativas como essa, assim como tantas outras, no desenvolvimento dos projetos, mas também no fomento para viabilizar as iniciativas”, acrescentou.
O projeto foi selecionado pelo Edital Cultura Criciúma 2023, Edição Lei Paulo Gustavo, sendo que as obras dos artistas compõem o cenário expográfico com a intenção de anunciar e denunciar questões referentes à urgência de enfrentamento de crises humanas e climáticas.
O artista plástico Manoel da Silva está entre os expositores. As três obras apresentadas são compostas 99% de materiais reciclados. “A estrutura é de madeira de janelas e o acabamento é em argamassa. Todas as obras refletem o meio ambiente. Uma delas possui uma baleia, a outra um canoa indígena e a terceira retrata a enchente do Rio Grande do Sul”, explicou.
A curadoria da exposição ficou a cargo da coordenadora do Setor Arte e Cultura da Unesc, Amalhene Baesso Reddig, a Lenita, que salientou o processo de escolha do tema. “O Ministério do Meio Ambiente possui quatro propostas que são a proteção e recuperação da biodiversidade; o uso sustentável da floresta; a recuperação de áreas degradadas e o combate ao desmatamento e incêndio. Com isso, a ministra pensa que a política ambiental precisa ser transversal e eu lembro que a nossa Universidade tem uma política de cultura, recentemente reformada, que é transversal”, relatou.
“Os seis artistas convidados para esta mostra também fazem esse movimento. Quando recebem o convite e a temática para pensar na produção. Eles foram desafiados a pensar sobre o assunto, e eu como curadora fui também desafiada a preparar um texto e um possível diálogo entre as obras que chegaram”, acrescentou.
O artista Lip Wadocha salientou que quem passar pelo local irá encontrar um pouco do que cada um dos autores das obras acredita. “Como podem ser feitas as discussões acerca das crises climáticas, dos cuidados com a natureza, dos nossos pais e nossos familiares. Um grande desafio aqui foi dialogar entre as produções, sobre a linguagem artística trouxemos em relação às nossas técnicas e, a partir do convite surgiu a ideia do Rever, reagir, repensar e trazer à tona o que nós acreditamos como possível, quais as atitudes que podemos ter no nosso dia a dia”, citou.