Para uma melhor experiência neste site, utilize um navegador mais moderno. Clique nas opções abaixo para ir à página de download
Indicamos essas 4 opções:

Ok, estou ciente e quero continuar usando um navegador inferior.
Geral

Clínicas Integradas e Ambulatório de Fibromialgia da Unesc promovem roda de conversa sobre violências contra as mulheres

Além de acolher mulheres vítimas de violência, o momento propôs métodos de solicitar ajuda (Foto: Éverton Horacio/Agecom/Unesc)

O Ambulatório de Atenção à Saúde da Pessoa com Fibromialgia (Amasf) e as Clínicas Integradas de Saúde da Unesc, realizaram na tarde de quarta-feira (14/05), um encontro para refletir e acolher mulheres que foram ou são vítimas de violências.

O evento faz parte de uma série de ações em alusão ao Maio Roxo, com destaque para a Fibromialgia e foi realizada no Auditório Edson Rodrigues, no bloco P. A atividade teve como tema  “Conflitos Familiares – Compreendendo os Padrões e Rompendo os Ciclos” e, contou com a presença de especialistas, como o promotor da 12ª Promotoria de Justiça de Criciúma, Samuel Naspolini, e a professora Laís Steiner, do curso de Psicologia da Universidade.

Segundo Geison Marques, psicólogo do Amasf, a escolha do tema ocorreu por causa que muitas pacientes do projeto passaram ou sofrem conflitos familiares e de violência doméstica.

“A violência doméstica e familiar está nas diversas esferas da sociedade e não faz diferenciação de ricos, pobres, negros, brancos, morenos ou ruivos. Muitas vezes, as vítimas dessa violência ficam caladas, por motivos diversos como, por exemplo, medo, vergonha, ou dependência financeira”, pontua.

Ainda segundo Marques, em 2023, junto com à promotoria, Clínicas de Saúde Integradas da Unesc e a Clínica de Psicologia, foi criado o primeiro grupo sobre violência doméstica que atualmente se encontra na terceira edição.

“Tudo com muito sigilo e ética profissional. Trata-se de um ambiente para vocês falarem sobre as dores e compartilhar coisas com as pessoas que passaram pelo mesmo e se trata de um ambiente tranquilo e gostoso. Como eu costumo dizer no consultório: se tiver que chorar, chore. Se quiser rir, ria. O importante é que vocês vivam as emoções que tenham que viver”, destaca.

As mulheres contaram ainda com a presença da professora do curso de Psicologia, Professora Laís Steiner que, além de compartilhar orientações às vítimas, tirou dúvidas de perguntas anônimas que eram feitas por pessoas presentes no encontro. Já o promotor, Samuel Naspolini comentou sobre os aspectos legais do tema.

A professora do curso de Direito da Unesc, Mônica Ovinski também participou do evento e compartilhou orientações sobre a importância de denunciar as agressões sofridas. 

“Motivem-se a romper esse ciclo. Motivem-se a romper essa relação. Se você não romper, ninguém vai poder fazer isso por você. Você precisa acima de tudo se amar e se respeitar. A denúncia é fundamental”, aconselha. 

O grupo de acolhimento acontece às terças-feiras, às 19h, na sala de dinâmica dois, nas clínicas de psicologia da Unesc. Para quem deseja outras informações, pode ligar para o número 3431-4591.      

            

 

Superação por meio do Amasf

Sônia da Silva* é uma das mulheres que, com o auxílio do Amasf, conseguiu superar algumas dificuldades. Mãe de duas filhas, ela conta que foi vítima de violência nos dois casamentos. 

Ela ressalta sobre a importância de outras mulheres criarem coragem e buscar toda ajuda que seja necessária para reencontrar a paz e continuar a viver seus sonhos. 

“É importante vocês falarem da violência. Quando eu cheguei nas meninas do projeto da Unesc, queria apenas fazer uma triagem, mas elas viram a necessidade de ter que passar por um psicólogo. Foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. A Partir do momento que eu abri meu coração e deixei um profissional me tratar, a minha vida mudou”, falou.

Além disso, ela relatou um pouco do que sofreu e dos traumas deixados pela violência. “Os dois primeiros anos foram maravilhosos, uma lua de mel, mas quando eu ganhei o primeiro tapa, estava grávida de cinco meses. Quando chegou em casa às cinco da manhã, eu fui reclamar e ele me deu um tapa na cara e aquela marca ficou”, lembra.

Além disso, ela diz que, mesmo com o falecimento do esposo, teve dificuldades, pois sua sogra, mãe de seu falecido marido a culpava pela morte de seu filho que estava em Portugal quando faleceu.

No segundo casamento, foi mais difícil, pois, segundo ela, o companheiro era dez vezes mais violento que o primeiro. 

* Nome fictício.

 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *