Acolher, empoderar e inserir socialmente, por meio da comunicação. Esse é o intuito da parceria da Escola de Idiomas da Unesc e da Secretaria de Educação de Cocal do Sul que traz mais uma novidade e está oportunizando aos migrantes, em sua maioria haitianos, o curso de Língua portuguesa. As aulas iniciaram nesta semana e vão ocorrer, todas as quartas-feiras, no período noturno, na Escola de Educação Básica Demétrio Bettiol, em Cocal do Sul.
A ação, conforme a secretária de educação, Raquel Quarezemin, é uma forma de integração e de oportunidades. “Muitos tem escolhido Cocal do Sul para residir, buscando melhores condições de vida e oportunidades. Foi aí que procuramos a Unesc, que conta com professores especialistas e pesquisadores da área, para atender à solicitação da Associação de Haitianos de Cocal do Sul. É também uma forma de os acolher”, explicou a secretária, reforçando a importância da integração dos filhos desses migrantes e suas famílias.
A coordenadora pedagógica da Escola de Idiomas da Unesc, Dayane Cortez, salienta que entender que a valorização e a inserção social desses migrantes passa pelo aprendizado da Língua Portuguesa é um grande passo. “As migrações contemporâneas são importantes recursos para o crescimento do município no âmbito cultural, da sensibilização da população e econômica”, ponderou.
A Escola de Idiomas Unesc conta com professores especialistas e pesquisadores da área e, com a oferta de português, à migrantes e estrangeiros em geral. A professora Dayane destaca que, além disso, a Unesc já tem oferecido à comunidade o projeto de extensão que possibilitou aos professores e pesquisadores um espaço de reflexão e de desenvolvimento de práticas pedagógicas que contemplem, de fato, a necessidade desse público, “além do cumprimento de seu papel como Universidade Comunitária, beneficiando a comunidade ao seu entorno”, completou.
Ensino
Dayane destaca que todos os profissionais da Universidades vão até Cocal do Sul para dar as aulas de nível Básico I, mas já há uma lista de 32 nomes na espera para futuras turmas.
As aulas desse nível têm duração de quatro meses. “Se houver aderência da comunidade, ano que vem, eles avançam para o nível Básico II, mas já há previsão de uma nova turma de nível básico I, uma vez que a lista de espera é grande”, reforçou.
Como forma de acolhimento aos migrantes, aulas oferecem oportunidades de crescimento profissional (Foto: Divulgação)
