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Desafios do ensino da dança em tempos de pandemia são debatidos em evento online da Unesc

Diálogo teve a participação de professores, estudantes e profissionais de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul

Uma grande troca de experiências entre professores e estudantes de instituições de ensino superior, pesquisadores e artistas da dança de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul ocorreu na manhã desta quarta-feira (29/7), durante webinar promovido pelo curso de Educação Física da Unesc. Ensino da dança durante o distanciamento social, desafios da formação de novos profissionais na área e a importância da dança para pessoas de todas as idades foram alguns dos assuntos debatidos no 1º Diálogo entre Educadores e Artistas. O evento foi transmitido no canal oficial da Unesc TV no Youtube e ficará disponível para visualização pelo link .

O coordenador do curso de Educação Física, Joni Márcio de Farias, abriu os trabalhos agradecendo aos envolvidos na organização do evento, palestrantes e participantes. “Além de debater o ensino da dança, a provocação é para que possamos refletir como a gente pode compreender toda a amplitude e utilizar o mecanismo fantástico que é o corpo para que nesse ambiente pandêmico, possamos o utilizar também para melhorarmos as condições de saúde mental, inclusive”.

A mediadora do webinar, professora do curso de Educação Física e coreógrafa da Cia de Dança Unesc, Viviane Candiotto, enfatizou a importância da formação dos artistas na área e salientou que a dança também é feita a partir da memória. “Quando falamos de dança artística falamos da dança cênica, que vem com técnica e aprendizado de anos. Mas dança também é amor, compartilhamento, construção em conjunto, é uma conversa através dos gestos e das emoções”.

Para o coordenador do curso de Licenciatura em Dança da Furb e professor doutor Marco Aurélio de Souza, a dança ensinada nas escolas instiga as pessoas a buscarem o aperfeiçoamento na área. Transportando isso para o Ensino Superior, ele afirma que o desafio dos docentes é motivar os acadêmicos a pensarem a dança em diferentes lugares e com diferentes idades, especialmente neste período de pandemia. Não existe fórmula para pensar a dança nesse momento. Cada instituição precisou se adequar. Fizemos encontros com grandes nomes que talvez não conseguiríamos trazer para a sala de aula. Os acadêmicos estudaram grandes coreógrafos e tiveram que fazer uma parte de uma coreografia e conseguimos ver a potência desses alunos para desenvolver o trabalho em suas casas. Foi emocionante. A dança continua acontecendo, comenta Souza.

A arte de dançar

A professora de Dança Clássica, bailarina, coreógrafa e especialista em Dança Cênica, Cris Fragoso, chamou a atenção para importância de separar a dança da arte de dançar e da capacitação dos profissionais para atuar no ensino na área. Dançar todos podem e devem, mas a arte da dança requer estudo, aprendizado de técnica. Aquele professor que teve experiência de palco e ensina a técnica, vai encantar o aluno. Não precisamos dar apenas a técnica, mas também incentivar os alunos a criarem”, comenta Cris.

O professor doutor do curso de Licenciatura em Dança e da pós-graduação em Artes Visuais da Universidade Federal de Pelotas, Thiago Amorim, reforçou a necessidade de formação de profissionais de dança ocorram em três eixos: pedagógico (formação do professor); científico (formação em pesquisa) e artístico (formação do artista da dança). A dança é algo absolutamente valioso na vida de alguém. Socialização, criação de vínculo, sensibilidade artística, ela contribui para a vida das pessoas de diferentes formas. Para ser profissional de dança não basta apenas fazer um faculdade na área ou cadeiras no curso de Educação Física. É preciso estudo e pesquisa durante toda a vida profissional, afirma Amorim.

Já o professor de dança e especialista em Dança Educacional e em Fisiologia do Exercício, Anderson Felisberto Cristiano, trouxe para o webinar a sua experiência em pesquisa e ensino de dança para a terceira idade durante a pandemia. “Estamos fazendo aulas online e no momento, é a nossa única opção. Conseguimos conversar, contar histórias, fazer alongamentos e ficarmos próximos de alguma maneira. A tecnologia está ajudando ter esse contato e elas estão se reinventando também”.

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