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Seminário Integrado para o Fortalecimento dos Programas de Pós-graduação

Impacto da inserção social e internacionalização da pós-graduação são debatidos em seminário

Segundo dia do evento da Unesc começou com duas palestras (Fotos: Daniela Savi/ Agecom Unesc)

O segundo dia do Seminário Integrado para o Fortalecimento dos Programas de Pós-graduação (Sifop), da Unesc iniciou com duas palestras voltadas a pesquisadores, coordenadores e estudantes dos programas de pós-graduação da Universidade. 

O evento visa fomentar o debate em torno das diretrizes e das experiências relacionadas à pós-graduação stricto sensu e conta com o apoio da Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado Santa Catarina (Fapesc) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Ao abrir as atividades desta quinta-feira (27/06), a pró-reitora de Pesquisa, Pós-graduação, Inovação e Extensão, Gisele Coelho Lopes, agradeceu a todos os participantes e palestrantes. “Ontem tivemos a Capes que nos mostrou como podemos enxergar no horizonte a forma que a pós-graduação irá caminhar no Brasil e como podemos nos alinhar para seguir esta trajetória de excelência. Hoje teremos temáticas que são importantes para identificar questões objetivas e implementar no nosso dia a dia. A pós-graduação não se faz somente pelos coordenadores, mas é desenvolvida por todos que fazem parte deste processos, seja o pesquisador, estudante ou comunidade em geral. Seguiremos fazendo da Unesc uma Universidade Comunitária de excelência”, salientou Gisele.

 

Impacto na sociedade

A primeira palestra do dia teve como tema “A pós-graduação e o impacto da inserção social de suas pesquisas”, ministradas por Antonio Eduardo Martinelli, que atuou como coordenador do Grupo de Trabalho Impacto e Relevância Econômica e Social do Relatório Técnico da Diretoria de Avaliação da Capes, e pelo presidente do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação (Foprop), Charles Morphy Dias dos Santos.

“Uma das formas pela qual a Capes faz o elo entre academia e sociedade é o acompanhamento do trabalho realizado nos programas de pós-graduação. Isso é feito por um modelo comparativo de critérios pré-estabelecidos. A ficha de avaliação retrata um constante processo de aperfeiçoamento. A Capes busca fazer um acompanhamento da pós-graduação com um número menor de critérios, mais simplificados, hoje são três quesitos e 12 itens”, cita Martinelli.

O palestrante fez essa contextualização para tratar da criação do Grupo de Trabalho Impacto e Relevância Econômica e Social no processo de avaliação dos programas de pós-graduação da Capes. “Os grupos de trabalho organizados pela Capes são muito importantes porque as pessoas se debruçam com muito interesse e empenho para estudar os aspectos que precisam de maiores esclarecimentos. Dedicam uma parte do tempo para que as avaliações sejam feitas de forma mais concisa. Um dos quesitos é o impacto na sociedade, pois ganha-se mais consciência de como é importante o que se faz nos programas de pós-graduação com  relação aos anseios da sociedade”, ressalta.

Ainda durante a explanação, Martinelli apresentou produtos tecnológicos que geram impactos na sociedade.

No início da palestra, Charles Morphy Dias dos Santos explicou o que é o Foprop, representação das pró-reitorias, com 273 instituições associadas de todos os segmentos como federais, estaduais, privadas e comunitárias.

Além disso, apresentou uma visão geral do Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG); tratou sobre o orçamento federal, pois a avaliação do impacto também passa pela necessidade das instituições terem investimentos adequados; além da atração de estudantes, avaliação dos PPGs e popularização da ciência.

“A Unesc possui uma posição de destaque no Sistema Nacional de Pós-graduação, pois não são muitas instituições com esta quantidade de programas tidos como de excelência internacional e consolidados. A interiorização da pós-graduação brasileira ainda é recente. Neste sentido, a maior quantidade de programas ativos está no Sudeste e no Sul do Brasil. No interior do Nordeste, Norte e Centro-oeste, por exemplo, ela ainda não está consolidada”, comentou, acrescentando que a pandemia de Covid-19 levou a uma retração no número de egressos da pós-graduação, entre 2019 e 2021, com registro de queda marcante nas matrículas e titulações de mestrado.

 

Internacionalização em foco 

A segunda palestra do dia teve como tema “A internacionalização na pós-graduação: desafios e oportunidades”, ministrada pela cofundadora de um grupo de consultoria denominado Internationalization Hub (IHub), Luciane Stallivieri. 

Durante a apresentação fez alguns questionamentos, como: quais os contextos? O que é a internacionalização na pós-graduação, quais os objetivos e os desafios, o que podemos fazer para estimular e como internacionalizar a carreira.

“É crescente o processo de integração e interdependência entre  países, economias, culturas e sociedade ao redor do mundo com avanços tecnológicos. Especialmente nas áreas de comunicação, os mercados estão mais interconectados e há uma maior competição global, maior troca e interação entre diferentes culturas, o que leva à disseminação de ideias, valores e práticas culturais, incentivo à cooperação internacional e à formação de instituições globais”, destacou.

Conforme Luciane, o quesito internacionalização é muito observado em momentos de avaliação dos Programas, envolvendo desde o domínio de línguas, até, acima de tudo, a trajetória da internacionalização da carreira dos pesquisadores. “Temos que pensar institucionalmente as estratégias de internacionalização. É preciso entender a necessidade central de as instituições terem papel crucial na formação de cidadãos globais. Tudo parte do pressuposto da universalidade do conhecimento”, comentou.

Porém, ela citou ainda que a internacionalização não é um processo simples e rápido. “Colocar a pesquisa no mundo não é fácil, então damos dicas de como internacionalizar a carreira, como fazer a interlocução com pesquisadores de outros países. Tudo deve ser pensado pela Instituição e pelo indivíduo”, contou.

Luciane também não escondeu o encantamento com a Unesc e destacou a importância de um seminário que debate o fortalecimento da pós-graduação. “Estou encantada com a Unesc que carrega as  características das Universidades Comunitárias e demonstra todo o cuidado, a beleza do campus, a infraestrutura e, acima de tudo a qualidade, o acolhimento. Tudo de forma impecável. É fundamental abrir estes espaços como este seminário para a discussão. Isso é olhar na mesma direção e mostrar de que forma uma Instituição da categoria da Unesc pode ser representante do papel, como Universidade Comunitária”, acrescentou.

Sobre o evento

O Seminário Integrado para o Fortalecimento dos Programas de Pós-Graduação da Unesc é um evento voltado aos cursos de mestrado e doutorado da Universidade do Extremo Sul Catarinense.

O evento objetiva fomentar o debate acerca das diretrizes e das experiências relacionadas aos programas de pós-graduação stricto sensu para a sua qualificação e desenvolvimento alinhado às necessidades regionais e nacionais.

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