
A Unesc viveu um momento marcante com a defesa de Doutorado da pesquisadora Dayane Cortez, orientada pela professora Ângela Cristina Di Palma Back, no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE). O trabalho trouxe à Universidade um debate atual e global: as políticas linguísticas para o multilinguismo digital.
A tese, intitulada “Políticas Linguísticas para o Multilinguismo e suas Correlações Basilares à Formação Docente e às Práticas Digitais”, analisou a atuação de professores e agentes de ensino de Língua Portuguesa como Língua Adicional (PLA) em redes sociais, com destaque para o Instagram. Dayane buscou compreender como essas práticas impactam e são impactadas pelas políticas linguísticas em curso, revelando tanto desafios quanto potencialidades no ensino de línguas em tempos digitais.
“Entre os resultados, apontamos a diversidade de perfis profissionais que atuam de forma autônoma, muitas vezes sem vinculação a políticas institucionais, além do papel formativo das redes sociais como espaços de ensino e de projeção da língua portuguesa e da cultura brasileira em contextos internacionais”, comenta Dayane.
Banca internacional
A relevância do estudo foi reforçada pela composição da banca, que contou com nomes de expressão nacional e internacional, ligados à Cátedra Unesco em Políticas Linguísticas para o Multilinguismo. Participaram os professores doutores Gilvan Müller de Oliveira (UFSC), Rainer Enrique Hamel (Universidad Autónoma Metropolitana, México), Rosangela Morello (IPOL), Richarles Souza de Carvalho (Unesc) e a orientadora Ângela Cristina Di Palma Back.
Internacionalização em prática
Para a coordenadora do PPGE, professora Ângela Back, a defesa simboliza um passo importante na consolidação da internacionalização da Universidade. “Eventos como esse nos lembram da potência formativa da pesquisa e da importância de reconhecer linguagens, práticas e sujeitos que estão para além dos espaços escolares tradicionais. A atuação de professores nas redes sociais é parte das novas ecologias do ensino, e Dayane soube captá-las com sensibilidade acadêmica, trazendo sólidas evidências para a agenda pública quanto ao necessário planejamento linguístico”, citou.