
Os pesquisadores Lisiane Tuon, do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSCol), e o neuropediatra e professor do curso de Medicina, Eraldo Belarmino Júnior, ambos da Unesc, participaram na última quinta-feira (25/9) de reunião da Comissão Intergestores Regional (CIR) de Saúde da Região Carbonífera, realizada com os gestores municipais de saúde.
Na oportunidade, os docentes apresentaram aos secretários, técnicos, representantes estaduais e promotores de justiça a proposta de pesquisa que será conduzida na Universidade com foco no apoio ao diagnóstico dos transtornos do neurodesenvolvimento e na construção de uma linha de cuidado voltada aos municípios da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec).
Conforme a coordenadora do PPGSCol, Lisiane Tuon, o principal objetivo do encontro foi debater a criação de um fluxo integrado e colaborativo, capaz de garantir acesso contínuo e qualificado aos serviços de saúde para esse público em toda a região. “Quanto mais precoce for o diagnóstico dessas crianças e jovens, melhores serão os resultados com as terapias, o tratamento e o processo de alfabetização. Por isso, quando falamos em transtornos do neurodesenvolvimento, é fundamental construirmos ações conjuntas entre a Saúde e a Educação”, destacou.
Integração e Direitos
A secretária de Saúde de Morro da Fumaça e vice-coordenadora da CIR Carbonífera, Lucelane de Souza Antunes, ressaltou a relevância da pauta e a importância do diálogo ampliado.
“Este é um momento essencial para o fortalecimento da articulação entre os municípios, o Estado, o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Santa Catarina (Cosems) e setores como Educação e as Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes). Nosso objetivo é assegurar acesso contínuo e de qualidade, respeitando as necessidades e os direitos das pessoas com deficiência”, afirmou.
O anfitrião do encontro, prefeito Eduardo Sartor Guollo, também destacou a importância do tema.
“É motivo de satisfação para nós receber um evento com uma pauta tão urgente e necessária. A demanda por esses serviços exige não apenas recursos, mas também planejamento, sensibilidade e atuação conjunta entre os diversos setores. Queremos garantir um atendimento mais digno, humanizado e acessível em toda a região”, frisou.
Com a definição do fluxo da Rede de Atenção, o próximo passo da CIR será promover encontros com o setor de Educação e com as Apaes regionais, a fim de estabelecer uma proposta de trabalho intersetorial para atendimento e acompanhamento das pessoas com transtornos do neurodesenvolvimento.