Após quatro dias de intensos debates, o Seminário Nacional de Arranjos Produtivos Locais de Base Mineral, protagonizado pela Unesc e realizado no Centro de Inovação Criciúma (CRIO), encerrou nesta quinta-feira (14/11) com balanço positivo e participação de importantes referências nacionais do setor.
Em uma edição marcada pela estreia da pauta sobre economia circular, o evento abordou o desenvolvimento sustentável com foco nos eixos econômico, social e ambiental. Durante a iniciativa, a Universidade ainda celebrou a conquista do primeiro lugar no Prêmio Melhores Práticas em APL de Base Mineral, com o trabalho da mestranda Grasiele Benedet, do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais (PPGCEM).
O coordenador regional da Comissão Organizadora do Seminário, professor e pesquisador da Unesc, Fabiano Raupp, ressalta que o evento contou com a presença de órgãos como Instituto Nacional de Tecnologia; Centro Tecnológico Mineral; o Serviço Geológico do Brasil; a Companhia de Pesquisas Minerais Brasileira; além de várias universidades federais.
“São todos órgãos importantes relacionados à cerâmica, extração mineral, construção civil, indústria de colorifícios, entre outros. Tivemos um tema relevante e a condição para realizarmos discussões importantes. Tudo culminou com a premiação do nosso Grupo de Pesquisa de Valorização de Resíduos como Estratégia para o Desenvolvimento da Economia Circular, que tem o alinhamento com a temática do evento e nos deixa orgulhosos”, comenta.
Projeto vencedor
O projeto vencedor do Prêmio Melhores Práticas em APL de Base Mineral, trata do Diagnóstico para a Construção da Indicação Geográfica (IG) da Cerâmica Vermelha de Coloração Branca do Sul Catarinense e faz parte da dissertação de Mestrado de Grasiele Benedet, integrante do PPGCEM da Unesc.
“Há cerca de 10 anos teve início a movimentação para criação de um IG da telha e tijolo branco, já que é um produto diferenciado da nossa região. Já em 2022, começamos novamente esse movimento, entretanto faltava material técnico-científico sobre esse material em específico. Por isso, a Grasiele passou a desenvolver o diagnóstico com a parceria do Sebrae e do poder público. O próximo passo é, efetivamente, fazer esse registro”, comenta o coorientador do trabalho e integrante do Sindicato da Indústria de Cerâmica Vermelha (Sindicer), Alexandre Zaccaron.
O trabalho de Grasiele faz parte do projeto CT/Mineral do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e ficou à frente de instituições brasileiras tradicionais do segmento.
O Prêmio Melhores Práticas busca reconhecer ações de grande relevância aos APL’s do Brasil, sendo que os projetos inscritos são avaliados por um um comitê que define os três finalistas, que apresentam os trabalhos durante o seminário. “Os trabalhos que o nosso APL faz, sempre com a parceria da Unesc, vem tendo esse reconhecimento, prova disso é que em 2022, ficamos em segundo lugar e no ano passado em primeiro”, fala Zaccaron.
Conquistas no Prêmio Melhores Práticas em APL de Base Mineral
2022 – 2º lugar com o trabalho da aplicação de cinza casca do arroz como fonte mineral na produção de tijolos, da graduanda do curso de Engenharia de Produção, Grasiele Benedet.
2023 – 1º lugar colocado com o trabalho de uso de argilas subutilizadas no processo de cerâmica vermelha da graduanda do curso de Engenharia Ambiental e Sanitarista, Emily Saviatto.
2024 – 1º Colocado, com o desenvolvimento do Diagnóstico para a Construção da Indicação Geográfica (IG) cerâmica vermelha de coloração branca do sul catarinense. O trabalho faz parte da dissertação de mestrado da Grasiele Benedet, do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais.