As pesquisas do professor do curso de Ciências Biológicas da Unesc, Rodrigo Machado, ganharam mais um importante capítulo. Nos últimos dias Rodrigo participou de projeto de monitoramento aéreo de megafauna marinha no estado do Espírito Santo, por meio do Grupo de Pesquisa de Mamíferos Marinhos do Rio Grande do Sul (Gemars), do qual também faz parte. A experiência foi a segunda na carreira do professor voando e observando a presença de animais marinhos e as condições ambientais.
O cenário de tirar o fôlego visto da aeronave há aproximadamente 1.500 metros de altura e em velocidade média de 200 km/h, é o campo de estudo do professor, que leva todas essas experiências para a sala de aula.
O propósito do trabalho, conforme Rodrigo, é realizar censos populacionais de golfinhos, baleias, tartarugas, aves, tubarões e raias. “O monitoramento consiste na observação direta pelos pesquisadores para baixo através de janelas específicas que permitem a projeção. Nesta observação o pesquisador registra em áudio, à medida que algum animal é avistado, gravando a narração sobre a espécie e o número de animais observados. Também é observada a presença de barcos de pesca e as condições ambientais, como cor da água, reflexo solar e ondulação”, explica.
As vivências acumuladas nos dias de trabalho em campo, conforme o professor, certamente se refletem nos olhos atentos dos alunos que o escutam com atenção e encantamento com as histórias compartilhadas em aula. “Toda a experiência profissional na área biológica que tenho a oportunidade de atuar contribui muito na minha atuação como professor. São experiências como essa que enriquecem as aulas, que cativam os alunos e que lhes dão mais vontade para seguir em frente. Os acadêmicos se sentem motivados quando exploramos exemplos próprios. Isso é gratificante e ajuda a fortalecer o elo entre aluno e professor”, acrescenta.
Além de professor do curso de Ciências Biológicas, Rodrigo é pós-doutorando em Desenvolvimento Socioeconômico na Universidade. No PPGDS o professor se dedica à pesquisa em biologia pesqueira, desenvolvimento socioeconômico, políticas, programas e práticas socioambientais para o manejo e gestão de comunidades tradicionais e recursos naturais.
Trabalho realizado há três décadas
O Grupo de Estudo de Mamíferos Aquáticos do Rio Grande do Sul (Gemars) trabalha, desde 1991, com populações de megafauna. De 2010 para cá amplia a atuação com sobrevoos em diferentes regiões do país.
O projeto, conforme o professor, vem ganhando força nos últimos anos com a participação de pesquisadores e alunos de graduação, mestrados e doutorados.
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