Natural de Tubarão, Edson Luiz da Silva, o popular Edsinho, diz que chegou à Fundação Educacional de Criciúma (Fucri) por acaso. Foi por meio do incentivo do amigo e xará, Edson Rodrigues que ele passou a atuar na Instituição, no início dos anos 1980.
“Em 1982, eu fui passar as férias em Criciúma, conheci a história da Fucri e o que ela representava”, conta.
Na época, a Fucri possuía quatro escolas, sendo que uma delas era voltada à Tecnologia (Estec), que mantinha o curso de Engenharia de Agrimensura. “Como eu havia me formado em Matemática na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Engenharia Mecânica Faculdade de Engenharia de Joinville, optei por ficar em Criciúma graças ao meu amigo Edson Rodrigues, que se formou comigo na UFSC, e que veio a ser o primeiro reitor da Unesc”, relata.
Dois anos depois de passar a lecionar na Estec, aos 25 anos de idade, Edsinho foi eleito diretor da escola, cargo que ocupou até 1988. No período, buscou consolidar o curso de Engenharia de Agrimensura, que ainda não era reconhecido pelo Conselho Regional de Arquitetura e também pelo Conselho Federal.
“Antes disso, o diretor era escolhido pelo prefeito por meio de uma lista tríplice. Passamos a tentar consolidar a Estec perante a sociedade como sendo a escola de nível superior com o primeiro curso de engenharia. Este é um fato marcante da minha gestão, pois naquela época ele foi reconhecido junto ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de SC (Crea/SC)”, recorda.
“Passamos muito tempo fazendo propaganda na busca de acadêmicos. Eu percorria todo o Oeste catarinense divulgando a Fucri e o nosso curso de Engenharia de Agrimensura”, acrescenta.
Uma nova história
O professor diz que iniciou outra história, em 1989, na Associação dos Professores e Funcionários da Fucri/Unesc (Aprofucri). “A minha amiga Claudete Lucik assumiu como presidente e eu como vice. Em 40 anos de Unesc, 2022 foi o primeiro fora da sala de aula, mas coordenando o Setor de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT)”, relembra.
“Aqui é a minha vida, onde criei meus filhos. A Instituição me recebeu de braços abertos e representa toda a minha vida profissional e pessoal. Além de mim, outros profissionais trabalharam muito pela Fucri e pela Unesc, somos do tempo em que rejeitava aumento salarial para colaborar com a Instituição. A minha contribuição foi com o trabalho com os acadêmicos, o reconhecimento da sociedade, pois Criciúma me adotou”, enfatiza.
“Passaram milhares de estudantes por mim e este é um legado maravilhoso, pois podemos contribuir com o Sul de Santa Catarina e até mesmo com o desenvolvimento do estado”, completa.
“A Unesc é tudo”
O professor usa uma palavra para descrever o que a Instituição representa. “A Unesc é tudo. Pode-se considerar um dos pilares de desenvolvimento, de tecnologia e vai continuar desta forma. Começamos a dar aula com giz e hoje temos a inteligência artificial. Naquela época, eu já dizia que um dia os acadêmicos assistiriam as aulas de casa”, comenta.
“Eu desejo a continuidade. Que aqueles que virão deem continuidade ao trabalho desempenhado para que a nossa região cresça e os nossos filhos olhem com orgulho para a Instituição. A Unesc é uma Universidade que criou raízes tão fortes e impõe respeito à sociedade. Que continue sendo a Universidade do amor, do abraço e do companheirismo. Não podemos perder isso, somos uma família”, finaliza.