Texto: Marciano Bortolin/Agecom Unesc e Thiago Oliveira/Especial
A Unesc viveu dias de inspiração e conhecimento com a realização da 16ª edição da Semana de Ciência e Tecnologia (SCT), um dos eventos mais aguardados do calendário acadêmico e comunitário da Universidade. Ao longo dos dias de evento, cerca de 2,8 mil pessoas, entre estudantes, professores, pesquisadores e membros da comunidade, passaram pelo campus, em um movimento de celebração da ciência, da inovação e do compromisso com o futuro do planeta
Sob o tema “Planeta Água – A cultura oceânica para enfrentar as mudanças climáticas no meu território”, a edição deste ano mergulhou na importância da preservação dos recursos hídricos e dos ecossistemas aquáticos. Com o olhar já voltado para o futuro, a edição de 2026 terá como tema “Mulheres e Juventude na Ciência”, ampliando o diálogo sobre diversidade, representatividade e o papel transformador da ciência nas novas gerações.
“A Semana de Ciência e Tecnologia é um dos momentos mais simbólicos da Unesc porque traduz, na prática, o papel de uma Universidade Comunitária. Aqui, o conhecimento não fica restrito às salas de aula ou aos laboratórios. Ele ganha vida no diálogo com a comunidade, na troca de experiências e na busca por soluções que impactem positivamente o nosso território”, salienta a reitora em exercício, Gisele Silveira Coelho Lopes.
“Nesta 16ª edição, celebramos o conhecimento com responsabilidade, olhando para o planeta e para o futuro com consciência e esperança. Foram dias de intensa mobilização, que mostraram o quanto a ciência é viva e essencial para enfrentarmos os desafios ambientais e sociais do nosso tempo. Ver o envolvimento de milhares de pessoas, a dedicação dos nossos professores e a alegria dos estudantes comprova que a Unesc segue firme na missão”, acrescenta.
Ciência mais próxima das pessoas
Com programação ampla e envolvente, a SCT aproximou a ciência das pessoas e mostrou que ela pulsa em cada gesto cotidiano, em cada descoberta que move o mundo. Palestras, painéis temáticos, apresentações culturais e atividades interativas deram ritmo à dias que uniram saberes, arte e consciência ambiental, que reforçam a força da Universidade como espaço de diálogo e construção de um futuro mais sustentável.
Feira de Ciências movimentou alunos da região. (Foto: Thiago Oliveira/Especial)
“Tivemos uma semana intensa, o maior evento da nossa Universidade, com cerca de três mil pessoas envolvidas e mais de 700 trabalhos apresentados. Mas o que mais me emociona é o trabalho de quem não aparece: acadêmicos da graduação e da pós-graduação que atuaram como monitores, professores que avaliaram trabalhos de forma presencial e online, e toda a equipe técnica, comunicação, marketing, compras, pró-reitorias. Um evento desse porte só acontece porque há muita gente comprometida e apaixonada pela Universidade”, comenta a pró-reitora de Pesquisa, Pós-graduação, Inovação e Extensão, Vanessa Moraes de Andrade.
Trabalhos e atividades
Nesta edição, foram cerca de 730 trabalhos submetidos, um crescimento de aproximadamente 200 em relação ao ano anterior. Além disso, mais de 100 atividades paralelas movimentaram o campus da Universidade, entre palestras, oficinas, mostras e apresentações.
O público participou de palestras ministradas por especialistas, painéis temáticos, sessões de pôster digital, atividades interativas e apresentações culturais, todas voltadas a fortalecer o diálogo entre diferentes áreas do conhecimento e estimular soluções inovadoras para os desafios ambientais.
“Essa foi uma Semana de Ciência e Tecnologia que mobilizou todas as áreas do conhecimento com a promoção da temática central, desde a saúde, às engenharias e tecnologias, às humanidades, aproximando dessa concepção de cultura oceânica, mudanças climáticas. Foram reflexões transversais sobre como cada área e o conhecimento científico produzido nos diferentes campos do saber podem contribuir para pensar o enfrentamento das mudanças climáticas a partir da lógica da cultura oceânica”, enfatiza a coordenadora-geral do evento, Camila Serafim Daminelli.
Worskshop de Arqueologia recebeu alunos da região. (Foto: Divulgação)
“Percebemos como cada um dos passos do nosso planejamento se concretizou durante essa semana. Desde março, quando o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação anunciou que a cultura oceânica seria o tema nacional, começamos a nos mobilizar com a formação da comissão científica, elaboramos projetos de captação de recursos e definimos cada uma das atividades, algumas muitas vezes invisíveis para o público, mas essenciais para o que todos vieram buscar aqui. Dialogamos com a temática em diferentes áreas: saúde, engenharias, ciências sociais aplicadas, humanidades”, acrescenta.
Eventos paralelos
Entre as ações já consolidadas no calendário, estiveram a Feira de Ciências, que chegou à 11ª edição e reuniu 34 trabalhos de alunos da rede pública e privada da região; a Feira da Inovação, em sua 12ª edição; o Talento Cultural, que completou 11 anos; e o Workshop de Arqueologia, que chegou à 10ª edição. A programação contou ainda com o Ciclo de Palestras do Museu de Zoologia, a Feira do Livro e o projeto Ciência da Velocidade.
Apresentação de pôsteres no formato digital foi mais uma novidade da edição da SCT deste ano. (Foto: Daniela Savi/Agecom/Unesc)
“A Pesquisa e a Pós-graduação realmente se destacaram nesta edição da Semana de Ciência e Tecnologia. Tivemos apresentações orais e a inovação dos pôsteres digitais. É gratificante perceber que o que produzimos aqui tem qualidade comparável a grandes centros de pesquisa do país. Isso reafirma o potencial da Unesc como Universidade de excelência e transformação. Também recebemos avaliadores externos, que trouxeram feedbacks positivos. Muitos destacaram a qualidade dos trabalhos da Unesc, especialmente os de iniciação científica, alguns comparáveis, ou até superiores, a produções de mestrado e doutorado. Isso é motivo de grande orgulho para nós”, relata a diretora de Pesquisa e Pós-graduação, Sabrina Arcaro.
O evento conta com o patrocínio do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Santa Catarina (CREA-SC) e apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
