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Semana de Ciência e Tecnologia

Desafios e oportunidades do mercado de deep tech pautam última discussão da SCT Unesc

Ambiente de ciência avançada combinada com tecnologia terá crescimento cada vez mais acelerado, aponta palestrante com empreendedor e pesquisador da área de nanotecnologia (Foto: João Pedro Alves)

O universo de temáticas abordadas durante os cinco dias da Semana de Ciência e Tecnologia da Unesc culminou, nesta sexta-feira (28/10), com um olhar para o futuro da ciência, da economia e da tecnologia mundial. A última palestra a ter início na programação do evento que movimentou a Universidade apresentou conceitos, aplicações, cenários e tendências da deeptech e a chamada sociedade 5.0.

No comando da apresentação, o empreendedor e pesquisador com doutorado em Nanotecnologia e pós-doutorado em Nanobiotecnologia, Leandro Antunes Berti, buscou esclarecer para a plateia as oportunidades e os desafios da deep tech que, segundo ele, em linhas gerais, configura a união de ciência e tecnologia. Em diversos setores da economia, as pesquisas e produtos baseados em nanopartículas configuram um dos fortes exemplos de como esse contexto da alta tecnologia já se faz presente nas vidas de muitas pessoas, mesmo que não percebam.

As empresas de deep tech, conforme definição científica, essencialmente têm o propósito de que suas soluções resolvam grandes problemas da humanidade, como os passivos ambientais, a produção de energia, a cura do câncer. Essas indústrias movimentam um mercado que chegam a cifras trilionárias, aponta Berti. No entanto, para se desenvolver uma sociedade 5.0, onde essa alta tecnologia fará parte da vida, há uma série de desafios. “Há ‘muros’ que precisam ser transpostos, como as legislações, aspectos culturais como a resistência a novas soluções. A sociedade precisa avançar para poder aproveitar os potenciais completos das tecnologias que vão evoluindo”, acredita.

O “novo mundo” que se avizinha deverá ter a utilização cada vez mais comum de ferramentas e ambientes como a realidade mista, a internet das coisas, conectividade de alta velocidade com uso de dados associados à inteligência artificial fomenta a necessidade da criação de sensores e tecnologias de alta precisão, destacou o palestrante. “Estamos começando a implantação do 5G, mas já está se pesquisando a internet da 6ª geração (6G), que trará uma velocidade de tráfego muitas vezes maior. O estado, o mercado e as pessoas precisam se preparar para isso e aproveitar as oportunidades”, sublinhou.

  

 A Semana de Ciência e Tecnologia

O maior evento acadêmico institucional da Unesc, a 13ª edição da Semana de Ciência e Tecnologia (SCT) iniciou na segunda-feira (24/10) e se encerrou na noite desta sexta-feira (28/10). A ação contou com mais de 120 atividades como palestras, minicursos, oficinas, apresentações de trabalhos, entre outros.

Em 2022, a SCT, que ainda teve a apresentação de cerca de 440 trabalhos, foi realizada de forma presencial e online com ações no campus sede da Unesc, em Criciúma, e na unidade de Araranguá. A programação completa, as inscrições, além de outras informações podem ser conferidas no link: http://sct2022.unesc.net/.

O evento conta com patrocínio do CREA e apoio do Ministério de Ciências, Tecnologia e Inovação; do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico; CNPq; Capes; Fapesc; Biozenthi e Portal Mix. 

Neste ano a SCT tem como temática “Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil”, proposto pela Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.

Texto: João Pedro Alves / Alfa Comunicação/ Colaboração

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