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Secretaria de Diversidades e Políticas de Ações Afirmativas

Unesc e UFSC compartilham experiências na construção de políticas afirmativas

Encontro teve como propósito estabelecer diálogos para a construção da Política Institucional de iniciativas de equidade (Fotos: Divulgação/ Agecom/ Unesc)

O diálogo, a troca de ideias e a reflexão sobre o papel institucional foram os principais focos da visita técnica realizada por representantes da Comissão de Ações Afirmativas, Diversidade e Políticas de Ações Afirmativas da Unesc à pró-reitoria de Ações Afirmativas e Equidade da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), nesta semana. 

O professor Gregory Balthazar, do Programa de Pós-graduação em Educação e coordenador da Comissão de Ações Afirmativas e Equidade, a professora Janaina Damásio Vitório, coordenadora da Secretaria de Diversidades e Políticas de Ações Afirmativas, e a professora Normélia Ondina Lalau de Farias, coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi), foram recebidos pela vice-reitora da UFSC, Joana Passos, e pela pró-reitora de Ações Afirmativas e Equidade, Leslie Chaves.

O encontro teve como objetivo principal estabelecer diálogos fundamentais para a construção de um documento que implementará uma Política Institucional de Ações Afirmativas e Equidade na Unesc, elaborado pela Comissão de Ações Afirmativas e Equidade, composta por dezesseis docentes de diversas áreas do conhecimento. 

Instituída em agosto pela reitoria, a Comissão pretende entregar o documento à administração da Unesc até outubro. “Esperamos atender aos muitos anseios da nossa comunidade universitária diante das desigualdades enfrentadas e, com isso, contribuir para uma universidade comprometida com a justiça social e uma democracia plural”, destacou Balthazar.

Segundo Balthazar, o movimento é pioneiro não apenas no Sistema Acafe, mas em nível nacional, considerando que políticas institucionais amplas só existem atualmente em universidades públicas. Ele enfatizou que instituições comunitárias, filantrópicas e privadas possuem, em sua maioria, políticas localizadas, voltadas principalmente para o ingresso, como as cotas raciais. 

Igualdade de oportunidades

A política proposta pela Comissão da Unesc abrange uma reformulação do funcionamento de todos os órgãos da universidade e engaja toda a comunidade universitária. “A política irá também instituir a urgência de criar ações que garantam a permanência de grupos historicamente marginalizados em um ambiente não-violento”, completou Balthazar.

A professora Janaina Damásio Vitório destacou a importância da Comissão para assegurar a promoção da justiça social e da igualdade de oportunidades. “As ações afirmativas são mecanismos de governança e fiscalização que visam reduzir desigualdades históricas e estruturais relacionadas a raça, etnia, gênero, orientação sexual, pessoas com deficiência e outros grupos marginalizados”, afirmou. 

Ela ressaltou a relevância de analisar as práticas inclusivas e equitativas a longo prazo, com foco em impactos positivos na vida dos indivíduos. “A pluralidade de vozes dentro da Unesc, impulsionada por essas ações, contribui para a inovação e o desenvolvimento de soluções mais inclusivas”, concluiu.

No esforço conjunto para desenvolver uma política institucional eficaz, a Comissão tem mantido diálogos com universidades que já possuem políticas de caráter institucional, além de contar com a assessoria da professora doutora Iris Verena Oliveira, da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), que participou da criação da primeira pró-reitoria de Ações Afirmativas no Brasil.

Ambiente inclusivo

A professora Normélia Lalau destacou que a visita à UFSC proporcionou uma troca valiosa de experiências. “A UFSC implementa há anos uma pró-reitoria e uma coordenadoria de relações étnico-raciais como resposta às demandas da universidade. Esse processo, parte de uma ação antirracista, serve como exemplo para a comunidade em geral. A visita teve o objetivo de entender como essas políticas foram inovadoras e adaptadas ao perfil dos estudantes e aos desafios enfrentados pela Instituição”, explicou Normélia.

Ela também ressaltou a importância de combater o racismo institucional e promover a equidade dentro do ambiente universitário, bem como a necessidade de capacitar profissionais para garantir um ambiente inclusivo. “A construção de um ambiente saudável e equitativo depende de um esforço contínuo de formação, envolvendo tanto a comunidade interna quanto a externa”, finalizou.

A Comissão entende que desenvolver uma política institucional sobre essas temáticas requer a colaboração com outras universidades e a constante revisão e adaptação dos documentos para atender ao perfil mutável dos estudantes. Entre as propostas já vislumbradas pela Comissão estão a criação de políticas como creches noturnas para funcionárias-mães, espaços para amamentação e armazenamento de leite materno, além de uma política abrangente de combate e denúncia de assédio sexual e moral.

Balthazar ainda reforçou que é imprescindível conscientizar e engajar todos os setores da universidade, desde a administração até os estudantes, sobre o impacto de práticas racistas e preconceituosas que muitas vezes são naturalizadas no cotidiano.

 

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