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Iparque

Iparque participa de evento sobre gestão de passivos ambientais da mineração

Os impactos provocados pela mineração e a gestão dos resíduos gerados para a redução dos danos foram assuntos em destaque no Workshop Internacional sobre Passivos Ambientais Mineiros, realizado entre os dias 28 de novembro e 1º de dezembro, em Criciúma. 

O coordenador do Centro de Pesquisa e Estudos Ambientais, Sérgio Galatto e as analistas ambientais, Adriana Modolon Duart e Marcielli Frozza, representaram o Iparque no debate promovido pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) – empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME) – e a Associação de Serviços de Geologia e Mineração Ibero-Americanos (ASGMI).

Ao longo do workshop, especialistas de diversos países, entre eles Argentina, Bolívia, Chile, Costa Rica, Cuba, Espanha, Estados Unidos, Honduras, México e Portugal trocaram experiências, além de terem compartilhado as práticas que têm sido adotadas para a recuperação das áreas afetadas por atividades mineradoras.

Esse intercâmbio internacional teve o objetivo de propor alternativas aos serviços geológicos que atuam na avaliação do impacto dos passivos ambientais, assim como na reabilitação ambiental. “Vamos aperfeiçoar os conhecimentos em metodologias para inventariar, avaliar e gerir esses passivos nos países integrantes da ASGMI”, ressaltou o secretário-geral da ASGMI, Vicente Gabaldón.

A experiência brasileira

“É um assunto que deve ser muito debatido no mundo porque é necessário promover um inventário dos passivos ambientais da mineração”, destacou a diretora de Hidrologia e Gestão Territorial do SGB, Alice Castilho. Ela ressaltou que o SGB já atua na recuperação de áreas de responsabilidade da União. Desde 20108, o SGB é o responsável pelas ações de recuperação ambiental de áreas degradadas por carvão na Bacia Carbonífera de Santa Catarina.

O chefe do Departamento de Gestão Territorial (DEGET), Diogo Rodrigues, acrescentou que: “ao promover o evento com a ASGMI, temos a oportunidade de mostrar o que é desenvolvido pelo SGB e promover um intercâmbio técnico que possibilite a melhoria de práticas na gestão e remediação destes passivos”.

Segundo a chefe da Superintendência de Porto Alegre do SGB, Lucy Takehara, o principal resultado das discussões é auxiliar na construção de caminhos para um trabalho integrado na recuperação dos passivos. Ela ressalta que “as boas práticas de um país poderão ser aplicadas em outros”.

Visita de campo à Bacia Carbonífera

Os pesquisadores visitaram a obra de recuperação ambiental denominada de Área Itanema I, situada no distrito de Santana, em Urussanga (SC). A área possui dimensão de 77 hectares e foi minerada na década de 1970 pela carbonífera Treviso S/A. A mineração a céu aberto consistia no desmonte das camadas superiores ao carvão, que eram depositadas em pilhas de material estéril e, quando expostas, provocam a contaminação das águas na região.

Atualmente a obra está na fase de remodelamento do material estéril, o que deixará a área mais plana para depois receber a cobertura seca (que impermeabiliza o material contaminante), além de sistema de drenagem e, por fim, a cobertura vegetal. O prazo de execução da obra é de 36 meses.

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