
Desde que chegou à Unesc no dia 27 de junho, a estudante Abrar Elfatih Galaleldeen Hassan, do Sudão, coleciona experiências marcantes. Recebida pela comunidade acadêmica, ela descreve a acolhida como a melhor que já teve em sua vida. “Todo mundo é extremamente doce e gentil, e eu consegui fazer tanta coisa em tão pouco tempo. Estou aqui há apenas seis dias, mas já sinto que fiz muita coisa”, conta.
Abrar permanecerá na Unesc até o dia 25 de julho, período que participa de atividades de pesquisa por meio do programa de intercâmbio do International Federation of Medical Students’ Associations (IFMSA). “As pessoas querem me mostrar tudo. As famílias me convidam para suas casas. Conheci muitos amigos e os pais deles. Nada disso foi realmente planejado, mas sinto que as pessoas aqui já tinham planos para mim, me levando para lugares do meu interesse e fazendo coisas que eu gosto, só para me fazer sentir mais acolhida”, relata.
Para ela, a experiência tem sido também de conexão cultural. “Sou árabe, do Sudão, e percebi que a hospitalidade brasileira, a cultura e até a comida, de certa forma, são parecidas com o meu país. Posso dizer que qualquer pessoa que venha ao Brasil, não importa por quanto tempo fique, não vai se arrepender. Conhecer brasileiros e viver essa experiência aqui é algo realmente especial”, cita.
Para a pró-reitora de Ensino, Graziela Giacomazzo, a presença de acadêmicos estrangeiros amplia a formação acadêmica e humana dos estudantes e professores. “É uma honra para nós ter a Abrar conosco. Ter pessoas de outros lugares e culturas enriquece muito a formação dos nossos estudantes e também dos nossos professores. Quem sabe, em outra oportunidade, você venha e fique mais tempo com a gente”, comenta.
Intercâmbio
Abrar chegou a Unesc por meio da iniciativa da IFMSA que tem a acadêmica da quarta fase de Medicina da Unesc, Sofia Favarin Salzberg como diretora local de intercâmbio. Ela explica que a organização internacional promove vivências essas vivências com o objetivo de formar estudantes capazes de fazer a diferença no mundo. “A IFMSA tem vários eixos. Dentro do intercâmbio internacional, há um voltado para a pesquisa, como o que a Abrar está fazendo e aquele destinado ao clínico-cirúrgico. Todos são bilaterais, então, por exemplo, foram duas alunas para o México e agora veio a Abrar. Ano passado também recebemos outra acadêmica de fora. É uma troca muito rica para todos”, ressalta.
Conforme a coordenadora do Escritório de Relações Internacionais, Dayane Cortez, iniciativas como esta integram o trabalho de internacionalização realizado pela Universidade. “Nós apoiamos e organizamos todas as etapas do intercâmbio, desde a recepção, passando pelo suporte burocrático, até a sensibilização das equipes que irão receber o acadêmico, para que essa vivência seja plena. Mais que internacionalizar a Unesc, preparamos e sensibilizamos a comunidade acadêmica para a convivência com pessoas de outras culturas, fortalecendo um ambiente de respeito, diversidade e aprendizado para todos”, reforça.