
A Unesc viveu dias intensos de reflexão, troca de experiências e engajamento durante a Semana do Meio Ambiente e Direitos Humanos, realizada de 3 a 5 de junho, com o tema “Educação Ambiental e Sustentabilidade para o Enfrentamento das Mudanças Climáticas”. A 20ª edição do evento é organizado por uma comissão permanente e consolidou-se como um espaço de formação crítica e compromisso com o futuro do planeta.
A programação contou com palestras, mesas de debates, oficinas e atividades práticas que reuniram estudantes; professores; pesquisadores e lideranças comunitárias. A “Mesa de debate: Experiências de Educação Ambiental nas Escolas”, encerrou o evento com a presença de oito unidades educacionais da região, que apresentaram experiências de educação ambiental, muitas delas desenvolvidas em parceria com projetos de Extensão da Universidade.
Conforme o coordenador-geral da comissão organizadora da Semana de Meio Ambiente, Carlyle Torres Bezerra de Menezes, a edição deste ano teve como diferencial a articulação entre diversas dimensões da sustentabilidade. “Buscamos integrar a educação ambiental com a saúde mental, o pertencimento ao território e a necessidade de uma transição energética que não reproduza os mesmos vícios do modelo atual de produção e consumo”, explica.
Logo na abertura, a professora Viviane Kraieski Assunção promoveu análise crítica sobre os desafios dessa transição energética, ao destacar que pensar novas formas de desenvolvimento requer romper com lógicas que colocam o lucro acima da vida. O cronograma ainda contou com a oficina de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), realizada no Centro de Convivência pela professora Flávia Rigo, além da roda de conversa sobre saúde mental e territórios existenciais, que destacou a ecologia integral como base para compreender a nossa ligação com a terra e com a própria saúde planetária.
Momentos de diálogo
Outro momento importante foi a reunião descentralizada do Conselho Gestor da Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca, com a presença das câmaras técnicas. A proposta foi dialogar sobre os planos de ação para 2025/2026, aproximando a gestão ambiental das comunidades e instituições locais.
Uma mesa de debate reuniu educadores para discutir práticas e desafios da educação ambiental nas escolas, sob mediação da professora Michele Coral Dutra. Paralelamente, durante os três dias, o Museu de Zoologia Prof.ª Morgana Cirimbelli Gaidzinski abriu as portas para estudantes da comunidade escolar com palestras e debates sobre a fauna e os impactos das mudanças climáticas.
“A Semana do Meio Ambiente e Direitos Humanos da Unesc é um marco anual, mas o trabalho continua. A comissão organizadora atua o ano todo, e nossa missão é formar cidadãos críticos, conscientes e atuantes, capazes de pensar e construir um mundo mais justo e sustentável”, conclui.
Com duas décadas de história, o evento da Unesc segue se reinventando, mas sem perder o compromisso original: promover uma educação transformadora que fortaleça vínculos, desperte consciências e plante sementes de futuro.