Ensino

Unesc prestigia o 3º Encontro de Trocas de Sementes, Plantas, Sabores e Saberes do Extremo Sul de SC

O evento valoriza a troca de sementes crioulas, de mudas, de plantas medicinais, de saberes e de sabores tradicionais da região (Fotos: Divulgação/Agecom/Unesc)

Acadêmicos dos cursos de Ciências Biológicas e Farmácia, prestigiaram no sábado (20/9), o 3º Encontro de Trocas de Sementes, Plantas, Sabores e Saberes do Extremo Sul Catarinense, realizado no município de Timbé do Sul. O evento, que integra a rota do Geoparque Caminhos dos Cânions do Sul, visa fortalecer os vínculos comunitários e promover a circulação de sementes, mudas, plantas medicinais, saberes e sabores, também contou com a participação de escolares e agricultores da região.

A participação da Universidade foi organizada pela coordenadora do curso de Ciências Biológicas, Mainara Figueiredo Cascaes, e a professora do curso de Farmácia, Angela Rossato, foi quem acompanhou a delegação.

Segundo Angela, foi uma experiência riquíssima de aprendizado e convivência. “Ficamos sabendo do encontro por meio da reitoria e os alunos demonstraram interesse em participar. Foi uma imersão valiosa, que reforça a importância do uso tradicional das plantas, da preservação da biodiversidade e da cultura do bem viver. Os acadêmicos ficaram encantados e voltaram cheios de mudas de plantas, produtos da agricultura familiar e preparações artesanais, trazendo consigo conhecimento e inspiração para a vida acadêmica e pessoal”, comentou a professora.

Iniciativa comunitária

Conforme Elias Donadel, um dos idealizadores e articuladores do movimento, o encontro surgiu da vontade de fortalecer os laços entre agricultores, guardiões de sementes e comunidade em geral.

“Começamos com pequenas iniciativas, criamos um grupo no WhatsApp e, a partir daí, a ideia foi crescendo. Assim, em 2024 ocorreu a primeira edição em Timbé do Sul, a segunda em Balneário Gaivota, e agora chegamos à terceira edição. Hoje temos um espaço que valoriza a troca de sementes crioulas, de mudas, de plantas medicinais, de saberes e de sabores, incluindo preparações artesanais e produtos da agricultura familiar. Também buscamos preservar flores que tradicionalmente enfeitavam os jardins das avós, resgatando memórias afetivas e culturais. Mais do que trocar plantas, é um momento de convivência, amizade e fortalecimento da cultura e dos saberes ancestrais”, explicou Donadel.

Preservação

Ainda segundo o criador do movimento, o encontro é muito mais do que integrar pessoas, mas de reafirmar a importância da preservação da agrobiodiversidade e da memória cultural, incentivando a continuidade do cultivo de sementes crioulas, plantas medicinais e flores tradicionais, fundamentais para a segurança alimentar, a saúde e o fortalecimento de vínculos comunitários.

“A participação da Unesc nesse evento reforça o caráter comunitário da Universidade, que se coloca como parceira no diálogo entre ciência e tradição. Ao prestigiar e apoiar iniciativas como esta, a instituição reafirma sua missão de valorizar os saberes locais, a cultura do bem viver e a construção coletiva do conhecimento, sempre em sintonia com as demandas e riquezas da região onde está inserida”, completou Angela Rossato.

 

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