O economista Joseph Schumpeter já dizia em 1939 que o processo de inovação é o motor do desenvolvimento econômico, mas como acontece o processo de inovação e de que forma isso reflete na comunidade? É o que os participantes do Fórum Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão (Fiepe), discutiram nesta terça-feira (18/04), durante o encontro no Auditório Ruy Hülse, com o tema: Inovação aberta e comunitária – O Papel da Acafe no Desenvolvimento Regional. O Fiepe, que neste ano acontece na Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), está em sua 8ª edição e é promovido pela Associação Catarinense das Fundações Educacionais (Acafe) com cocriação da Unesc e apoio da Associação Brasileira das Instituições Comunitárias de Educação Superior (Abruc).
De acordo com o publicitário, consultor de criatividade, branding, gestão de design e inovação, fundador da empresa Maka Branding e professor da Universidade Regional de Blumenau (Furb), Leandro Werner, que ministrou o encontro, existe uma grande diferença entre a chamada inovação aberta e a inovação tradicional.
Conforme o professor doutor, a primeira delas é formada por uma “tríplice hélice + 1”, que envolve: as universidades, o governo, as empresas e a comunidade. “As universidades cumprem um papel muito importante dentro deste processo com recursos humanos altamente qualificados, ou seja, acadêmicos e docentes. Em segundo lugar, o Governo com apoio financeiro e fiscal. Em terceiro plano, as empresas, que entram com os desafios, patente e comercialização dos produtos; e o diferencial, a comunidade, que entra com a parte prática do processo”, explica.
“A inovação tradicional também ocorre dentro das universidades, mas o grande diferencial da Inovação Aberta está na inserção da comunidade e isso ocorre nas nossas Universidades Comunitárias. É esse tipo de processo que vai desenvolver, trazer problemas e trabalhar junto para resolver os dilemas do cotidiano. E é aqui que conseguimos trazer um resultado muito grande no desenvolvimento regional”, acrescenta Werner.
Durante sua fala, o professor salientou que a sociedade já vivencia a Indústria 5.0, e o que vai mover este momento é a criatividade e o conhecimento. “A maior parte da indústria ainda está no 3.0. Quem investir em criatividade e conhecimento estará na frente e inovação aberta tem tudo a ver com a criatividade. Ela é o motor da inovação”, assegura.
Para a reitora da Unesc e presidente da Acafe, Luciane Bisognin Ceretta, este é um tema em evidência e as universidades comunitárias, por serem vanguardas do conhecimento, estão à frente neste processo, fato que se comprova em eventos como o Fiepe.
“O desenvolvimento da criatividade é um grande diferencial no mercado de trabalho e esse é o perfil de um egresso formado nas nossas universidades da Acafe. A inovação é um tema que está em nosso currículo e isso gera competitividade, conhecimento e, consequentemente, desenvolvimento para as regiões que essas instituições estão inseridas, ou seja, todo estado de Santa Catarina”, apontou.
Texto: Colaboração Paula Daros Darolt/ Comunicação Acafe