Daniela Savi, Marciano Bortolin e Mayara Cardoso
A formação de uma sociedade e o desenvolvimento de uma nação estão diretamente ligados à qualidade da educação oferecida desde os primeiros anos de vida. E essa formação tem nos professores e professoras seus agentes imprescindíveis.
A celebração do Dia do Professor, comemorado nesta quarta-feira (15/10), convida à reflexão e ao reconhecimento da importância desses profissionais no desenvolvimento da sociedade. Além de ensinar conteúdos, os professores despertam a curiosidade, estimulam a criatividade e fortalecem o senso crítico. Além disso, são protagonistas na formação de cidadãos conscientes e na construção de uma sociedade mais justa e humana, movida pelo saber e pela inspiração que nascem em cada sala de aula.
“Aqui, educar é transformar”
Para a reitora em exercício da Unesc, Gisele Silveira Coelho Lopes, a excelência da Universidade tem um ponto de partida e ele tem nome: professoras e professores.
“É na sala de aula, nos laboratórios, nas clínicas integradas de saúde e nos projetos de Pesquisa, Inovação e de Extensão que a Unesc chega nas comunidades e é ali que a nossa missão acontece. Aqui, educar é transformar, abrir caminhos, produzir ciência com propósito e colocar o estudante no centro da aprendizagem”, diz Gisele.
“Quando conectamos Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação, é o docente quem faz a ponte entre a teoria e a prática, entre o conhecimento e o impacto social. Nosso compromisso é cuidar de quem cuida, garantir condições, formação continuada e tecnologia para que cada aula seja uma experiência de aprendizagem significativa”, acrescenta.
A reitora licenciada e secretária de Estado da Educação, Luciane Bisognin Ceretta, reforça o valor da educação. “Precisamos valorizar e enaltecer o papel desses profissionais que escolhem a docência como missão, que lutam na constante atualização em nome do bem ensinar. São constantes desafios sustentados pelo desejo de colaborar com a formação do outro. Isso é muito especial”, destaca.
Para Luciane, o ecossistema da Universidade pulsa conhecimento e tem como base o professor e sua dedicação. “Eles são protagonistas em todas as áreas, capazes de inspirar, motivar e fortalecer o crescimento dos estudantes. Cada esforço individual se transforma em uma força coletiva que move as Universidades e escolas e transforma vidas”, conclui.
Mais do que compartilhar conhecimento, para a pró-reitora de Ensino, Graziela Giacomazzo, ensinar é um ato de coragem. “Ensinar é ouvir as vozes do estudante e fazer da sala de aula um espaço de desafio e descoberta. É onde o conhecimento ganha sentido e o aprender se torna um processo coletivo”, enfatiza.
Em todo esse cenário, a estrutura oferecida pela Universidade deve estar baseada naquilo que é o objetivo central: oferecer a excelência na formação que impulsiona novos futuros. Para isso, conforme o pró-reitor de Administração e Finanças da Unesc, José Otávio Feltrin, o esforço coletivo se volta a oferecer as melhores condições aos docentes. “A qualidade se sustenta com investimento responsável, estrutura, tecnologia e condições de trabalho que dão suporte a quem ensina e cuida”, completa.
Desta forma, conforme a pró-reitora de Pesquisa, Pós-graduação, Extensão e Inovação, Vanessa Moraes de Andrade, as dimensões acadêmicas completam aquilo que faz com que o resultado seja a qualidade do Ensino da Unesc reconhecida nacional e internacionalmente. “Junto de um Ensino qualificado, na Pesquisa e na Extensão nossos docentes inspiram descobertas e transformam realidades. A ciência com propósito nasce do encontro entre quem ensina e quem aprende e passa pela dedicação de professores excepcionais naquilo que fazem”, pontua.
Propósito ao dedicar os dias ao ensino universitário
Estar em sala de aula, nos campos de prática e em laboratórios compartilhando conhecimento, trocando experiências e conhecimentos com os estudantes exige dedicação e compromisso com a responsabilidade com a formação de excelência. Essa missão, no entanto, é encarada com dedicação e amor por aqueles que têm a missão de ensinar na Unesc.
Morgana Machado Guzzatti, coordenadora do curso de Odontologia da Universidade, vê na função de professora muito mais do que o ensino da técnica. “Se essa pergunta me fosse feita há pouco mais de 20 anos, quando concluía a graduação, eu provavelmente responderia com base no que dizem os protocolos e manuais, de forma técnica. Contudo, hoje, após alguns de experiência em sala de aula, entendo que ser professora universitária vai muito além disso. Ser professora é ajudar a construir sonhos. É liderar pessoas repletas de expectativas, com histórias e propósitos próprios.”, avalia.
“Ser professora universitária é alinhar pessoas em torno de uma linha de conhecimento, de uma técnica, de uma estratégia. É inspirar, enxergar e refinar o melhor de cada um. É capacitar e, muitas vezes, recapacitar. É direcionar o saber, estimular , facilitar o acesso ao conhecimento e contribuir ativamente na construção de competências, técnicas e, por consequência, do futuro. É um papel complexo — mas bonito. Porque, de alguma forma, fazemos parte da vida de muitos, assim como muitos também passam a fazer parte da nossa”, reflete Morgana.
Entre os propósitos principais assumidos diariamente, para a coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo, Aline Eyng Savi, está o ensinamento de ir além, buscar respostas e não se acomodar. “É assumir o compromisso de cultivar o pensamento crítico, a curiosidade e o desejo de transformação social. É compreender que ensinar não se limita à transmissão de conhecimento, mas envolve inspirar, acolher e provocar o olhar investigativo de quem aprende. A docência é um exercício contínuo de empatia e de escuta, que transforma tanto quem ensina quanto quem aprende”, garante.
Para ela, como arquiteta e urbanista, a missão se amplia quando o ensino é compreendido como instrumento de inclusão. “Educar é projetar futuros e formar profissionais capazes de ler o mundo com sensibilidade social e compromisso ético. É garantir que as práticas e os espaços sejam concebidos para todos, reconhecendo a diversidade humana como princípio estruturante da sociedade e da cidade”, destaca ainda Aline.
Já para o coordenador-adjunto do curso de Direito, Leandro Alfredo da Rosa, saber que faz parte da construção da qualificação profissional de tantas pessoas e, mais do que isso, pela transformação de vidas, é recompensador.
“Sou advogado e professor e, por mais que todos tenhamos rotinas diárias exaustivas, quando chego na Unesc parece que uma energia restauradora aparece. São os acadêmicos, os professores, os gestores, os colaboradores, o clima positivo que surge a cada dia, somado ao interesse dos alunos, as diferentes histórias de vida, fazem as jornadas e nossa missão ser gratificante. Ser professor universitário é lançar luz no caminho das pessoas, em busca de seus sonhos”, pontua.
O professor como agente de transformação
O docente do curso de Pedagogia e do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da Unesc, Ricardo Luiz de Bittencourt, considera o professor um verdadeiro agente de transformação social, e um profissional com a responsabilidade de formar as futuras gerações.
“Ao analisar crianças, jovens, adolescentes e adultos nos contextos educativos, percebemos a importância de seu papel no desenvolvimento integral dos indivíduos. A influência do professor é imensa, abrangendo suas palavras, seu exemplo e o conhecimento compartilhado. É
gratificante reencontrar ex-acadêmicos e constatar a contribuição para seu aprendizado e crescimento”, menciona.
“Para mobilizar o interesse dos alunos, é fundamental criar estratégias de aproximação. É preciso conhecê-los, compreendê-los e dialogar. Adotar metodologias que deem sentido ao aprendizado é essencial, o conhecimento precisa ter propósito, nas relações entre estudantes e na troca com os professores”, acrescenta.
A nova geração que escolhe ensinar
Entre os futuros professores que se preparam na Universidade para fazer a diferença no mundo está Maria Laura Costa de Freitas, acadêmica da segunda fase de Pedagogia da Unesc. Movida por um profundo senso de propósito, ela representa uma nova geração que vê na educação uma ferramenta para a construção de um futuro mais justo e humano.
A estudante acredita que a docência é um ato de cuidado e de transformação. Inspirada por professores que marcaram sua trajetória com simplicidade e amor, ela vê no exemplo deles o verdadeiro sentido de ser professora: “tocar vidas com o coração”. Para ela, o papel do educador vai além do ensino de conteúdos: é sobre inspirar, acolher e ajudar cada estudante a reconhecer seu próprio potencial.
“Sempre enxerguei os cursos da Unesc, em especial a Pedagogia, como grandes potencializadores de uma essência pautada em valores e no cuidado com a comunidade. Foi o desejo de ver essas realidades transformadas e de contribuir para uma formação mais coletiva que me trouxe até aqui”, cita.
A estudante sonha em contribuir para uma educação mais coletiva, atenta às diferenças, às dificuldades e, sobretudo, ao respeito e ao olhar sobre o outro. Conforme ela, viver a experiência universitária na Unesc tem reforçado diariamente essa certeza.
“Estar nesta Universidade é sentir que fazemos a diferença desde a graduação, por meio dos programas de Ensino, Pesquisa e Extensão. Viver, desde já, experiências tão significativas é ter a certeza de que, no futuro, farei diferente, com propósito e sensibilidade”, afirma.
O acadêmico da 4ª fase do curso de Ciências Biológicas, Otávio Vargas, conta que a escolha pela docência nasceu ainda no Ensino Médio, quando teve a oportunidade de estagiar em uma escola. “A partir dessa vivência, percebi que o meu lugar era na escola, em sala de aula, próximo aos alunos”, relembra.
Hoje, já atuando na área, Otávio afirma que a motivação para transformar a educação cresce a cada dia. “Essa vontade só aumenta, ainda mais agora que estou na metade do curso que escolhi. Devo muito à Universidade, que me abriu inúmeras portas ao longo desses dois anos, e aos professores, que me inspiram diariamente”, destaca.
Para ele, ser professor é ter a responsabilidade e conhecimento que diversas realidades existem e que precisa-se educar pensando em cada aluno. “É levar, onde quer que estejamos, acolhimento, amor, troca de ideias, e a possibilidade de sensibilização para o aprendizado”, reflete ele.
