
Os cursos integrantes das Licenciaturas Integradas da Unesc promoveram, na noite desta sexta-feira(15/8), no Auditório Ruy Hülse, a aula inaugural do segundo semestre. Em meio a uma sociedade que ainda luta contra as desigualdades raciais, a educação surge como uma ferramenta poderosa de transformação. Pensando nisso, os organizadores convidaram a professora Maria Aparecida Rita Moreira, especialista em questões étnico-raciais e literatura, para palestrar sobre o tema Literatura Negra: “Espalhando sementes de baobás”.
A palestra com foco na discussão de leis sobre o assunto, que promovem a inclusão de temas étnico-raciais nas escolas. Com a vasta experiência da professora, que é aposentada da Educação Básica, os futuros acadêmicos-professores tiveram a oportunidade de aprofundar os conhecimentos em uma temática essencial.
Conforme a coordenadora do curso de Letras, Daniela Arns Silveira, falando em nome dos demais coordenadores, o objetivo da proposta foi mostrar como a literatura pode ser uma ferramenta para combater o preconceito.
“Pretendemos com essa aula, incentivar os futuros educadores a incorporar essa discussão em suas práticas de sala de aula de forma transversal, em todas as disciplinas, como exige a Legislação Educacional Brasileira. É uma temática que tem de estar presente na Educação Básica, perpassando todos os componentes curriculares, todas as disciplinas e na instituição, inclusive, de forma transversal. Então é super importante que discutamos isso e estamos muito felizes de contar com a presença da professora, que conhece os dois lados”, informou Daniela.
Ela se apresenta como uma mulher negra, pesquisadora, professora aposentada e avó e dois netos.
“Nesta minha palestra, apresentei e discuti a Literatura Negra. A partir dela, conversei sobre a questão da Educação para as relações étnicos-raciais e como que o racismo tem se manifestado no nosso país, no nosso estado, nos nossos municípios. Também trago algumas Leis mais voltadas para Educação, e por meio de poemas de minha autoria, mostrei de que forma é possível estar trabalhando com essas informações”, explicou Maria Aparecida Rita Moreira.