
Um segundo grupo de professores também foi contemplado com o curso de Formação de Docentes dentro do projeto Arte na Escola. Desta vez, os participantes são de Criciúma e recentemente concluíram o primeiro período semestral de 2025, na qual, os integrantes são qualificados em um curso de Contação de Histórias. Ministrado pelos professores Luiz Gustavo Bieberbach Engroff e Silemar Maria de Medeiros da Silva, que são os coordenadores da atividade no Polo em Araranguá, as atividades foram iniciadas em março de 2025 e se estenderam até o meio do atual semestre. Ao todo, foram seis encontros relacionados ao tema, nos quais foram desenvolvidos diversos exercícios para estimular habilidades criativas, como a imaginação, a consciência corporal e vocal dos participantes.
Como proposição inicial das aulas, foi sugerida a leitura do texto “Se Meu Corpo Falasse”, de Celso Sisto, em que são apresentados gestos, como formas fundamentais de expressão do corpo, em que segundo os organizadores, não apenas acompanham a fala, mas, muitas vezes comunicam por si mesmos sendo carregados de intenção, emoção e significados.
Conexões
No decorrer dos encontros, o grupo encontrou importantes relações entre a expressividade vocal e corporal para as atividades relacionadas às contações de histórias. Essas conexões ocorreram por meio do contato com diversos livros coletados da coleção presente na Brinquedoteca da Universidade, localizada no Bloco Z. Após experimentações realizadas quinzenalmente, cada um dos participantes escolheu, de modo individual, uma narrativa para desenvolver a sua própria apresentação. Com isso, nos encontros posteriores foram dedicados à discussão da estética a ser utilizada pelo contador de histórias e à criação de elementos, como adereços e figurinos pertinentes a cada história escolhida. No desfecho da oficina, cada um dos oficineiros realizou a própria apresentação para os demais integrantes e também participaram de uma conversa com o público e com os professores mediadores.
Edificando Experiências
Estagiária do Programa Arte Na Escola, a acadêmica de Pedagogia da Unesc, Taciana Biff Cesconetto, compartilhou as percepções desenvolvidas após participar dos encontros. Para ela, a contação de história não é apenas um contar por contar, mas fazer algo maior, pois mexe com a ludicidade e o imaginário do público.
“Os sons e movimentos corporais cativam e prendem a atenção das pessoas para acompanharem, ver e ouvir a história até o final”, comentou.
Segundo a professora Silemar Maria, é realmente gratificante perceber no próprio processo em que o curso acontece, depoimentos de quem já vai fazendo uso do que experienciou junto com seus alunos. “As formações do Polo têm proporcionado ricas trocas de experiências”, destacou.
Segundo Semestre
Para o segundo semestre estão sendo pensadas outras atividades relacionadas à contações de histórias, articulando-se com o ensino. Esta proposta surgiu a partir de sugestões de professores e acadêmicos e, com isso, existe uma previsão de em breve, criar uma disciplina no curso de Artes Visuais – Licenciatura responsável por trabalhar especificamente com a temática.