
“Quem canta, seus males espanta”, já diz Martinho da Vila na música “Canta, canta, minha gente”. E assim, cantando, empolgando e emocionando o público, que 20 cantores da Associação de Municípios da Região Carbonífera (Amrec), deram um show no Auditório Ruy Hülse, na noite desta quarta-feira (9/7).
As etapas seletivas do 2º Santa Catarina Canta, festival de Música Brasileira, estão sendo organizadas pelo Governo do Estado, por meio da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), em parceria com a Camerata Florianópolis.
A seletiva teve duas categorias: infanto juvenil, em que Isabel Manarin, cantando “Sonho de um Palhaço” de autoria de Antônio Marcos e Isa Machado, com a música “Coração Bandido”, de Marília Mendonça, foram classificadas. Já na categoria geral, Isa Silvano (Gente Humilde/Chico Buarque), Lilian (Certos Amigos/Daniel Lucena), Sofia Luchina (Te Devoro/Djavan) e Vinícius Galvani (Garganta/Ana Carolina), também carimbaram o passaporte para a etapa Mesorregional, que está marcada para dia 21 de setembro, na Sociedade Recreativa Mampituba.
- Isabel Manarim
- Isa Machado
- Isa Silvano
- Lilian
- Sofia Luchina
- Vinivius Galvani
Talentos do campus
Entre os artistas que subiram ao palco, dois representaram o Coral Unesc e suas graduações. O primeiro a se apresentar foi o acadêmico angolano, da quinta fase do curso de Administração – Comércio Exterior, Ariclenes Coelho Sita. Com muita ginga, desenvoltura e samba no pé, ele cantou e encantou com a música “Verdade Chinesa” de Emílio Santiago, sendo aplaudido pelo público presente.
O angolano veio para Criciúma estudar, mas em nenhum momento deixou de lado sua paixão pela música, principalmente a brasileira.
“Quando eu era pequeno, testava o som do meu irmão que era DJ. Ele colocava algumas músicas para eu testar o microfone e eu cantava. As pessoas diziam que eu tinha jeito e assim comecei a me apresentar em casamentos e em outras atividades culturais, a partir daí não parei mais. Sou de uma família de músicos, meu pai foi professor de música e a minha mãe e os meus irmãos sempre cantavam em casa e eu acabei me inspirando também”, explicou o acadêmico.
O angolano também comentou como adquiriu a paixão pela música brasileira. “Em Angola, o Brasil é muito conhecido, a cultura brasileira é muito consumida, tanto em música, filmes, novelas e séries. Como sempre tocava, e às vezes também quando testava o som com o meu irmão, tocava música brasileira, acabei me apaixonando. Na verdade eu comecei a cantar sertanejo e daí eu ganhei uma paixão maior pelo pagode e pelo samba. Adoro Emílio Santiago, Alexandre Pires, Martinho da Vila, entre outros.Quando eu fazia parte do coral, com o maestro Joel, cantávamos samba também, aí eu fui aprendendo e gostando”, concluiu Sita.
Talento de berço
Ele encerrou as audições, sendo o último a se apresentar com um show de interpretação vocal e de desenvoltura no palco, conquistando a sua classificação para a próxima fase.
Sua veia musical já vem de berço, filho de um dos componentes da Banda Matusa, Vinícius Galvani, cursa a 10ª fase de Direito. Devido a influência familiar, vive da música, sendo o vocalista da própria banda do seu pai.
“A música sempre teve na minha vida e hoje estou aqui participando do Festival Santa Catarina Canta, esse festival lindo e maravilhoso. Estar representando a Banda Matusa, o coral da Unesc, me deixa muito feliz. Foi uma honra participar e com certeza senti uma pressão muito grande, mas ao mesmo tempo uma satisfação grande também por estar classificado para a próxima fase”, comentou emocionado Galvani.
Em setembro os cantores classificados se juntam aos artistas de Tubarão e Araranguá para a classificatória Mesorregional que acontece em setembro, em Criciúma. Para concluir a etapa, a Camerata Florianópolis, encerra a noite com o show “Clássicos da Música Sertaneja”.
No site oficial do evento, é possível acessar a lista dos selecionados até esta fase.