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Debate propõe olhar integrado sobre transtornos alimentares

Estudantes de Psicologia e Nutrição da Unesc unem forças para promover encontro interdisciplinar marcado por reflexão, ciência e compromisso com o cuidado em saúde. (Fotos: Daniela Savi/Agecom/Unesc)

Quando diferentes áreas do conhecimento se encontram com um objetivo em comum, o resultado é transformador. É isso o que se viu no 1º Debate Interdisciplinar dos cursos de Psicologia e Nutrição da Unesc, uma iniciativa que nasce da inquietação e da vontade de transformar o cuidado em saúde em algo mais sensível, atento e, principalmente, efetivo.

O debate, realizado no Auditório Ruy Hülse, teve como ponto de partida o Dia Mundial de Conscientização dos Transtornos Alimentares, celebrado em 2 de junho. A proposta encontrou terreno fértil dentro da Universidade e rapidamente se consolidou como uma parceria entre os centros acadêmicos dos dois cursos.

“A proposta é aproximar saberes e práticas para discutir um tema que exige abordagem ampla, multidisciplinar e acolhedora. Transtornos alimentares não dizem respeito apenas à alimentação. Eles envolvem sofrimento psíquico, questões sociais, culturais e biológicas. Precisamos olhar para isso de forma integrada”, ressalta o coordenador do evento, Giovane de Souza da Silva.

A programação contou com as palestras de Carla Sasso Simon, com olhar voltado à neurociência e aos mecanismos psicológicos envolvidos nos transtornos alimentares; Maurício Lopes, que tratou da perspectiva da psicanálise e da saúde mental coletiva; Louyse Sulzbach Damázio, que debateu sobre as implicações nutricionais e os impactos do comportamento alimentar; além de Érica Inácio, que compartilhou a vivência clínica em psicoterapia com foco nos transtornos alimentares e obesidade.

A roda de conversa girou em torno de temas como distorção de imagem; compulsão; restrição; purgas; influência das mídias e das pressões estéticas; além de intervenções interdisciplinares possíveis para acolher, tratar e prevenir esses quadros.

“A troca foi rica. A presença de profissionais com diferentes formações nos ajuda a compreender melhor a complexidade dos transtornos alimentares e, principalmente, pensar soluções mais humanas”, afirma Silva.

 

 

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