Ensino

Acadêmicos de Pedagogia e Geografia da Unesc
exploram Botuverá em saída de campo

Viagem ao município catarinense visa aprimorar os conhecimentos teóricos e práticos em expedição ao Parque Municipal das Grutas (Fotos e vídeo: divulgação cursos e Prefeitura de Botuverá/Agecom/Unesc)

No último sábado (24/5), acadêmicos da segunda fase do curso de Pedagogia e da sétima fase de Geografia embarcaram em uma enriquecedora saída de campo para o município de Botuverá, localizado na região Norte de Santa Catarina. A expedição teve como objetivo complementar o aprendizado das disciplinas de Processos Pedagógicos de Geografia, Educação, Movimento e Corporeidade, Fundamentos Teóricos Metodológicos do Ensino de Sociologia da Educação e Estágio II.

As três primeiras disciplinas estão integradas em um projeto de curricularização da Extensão, focadas na observação e análise do ambiente local, culminando em um relatório avaliativo.

A viagem, com duração aproximada de quatro horas a partir de Criciúma, também foi um momento de integração e compartilhamento de expectativas. Na chegada ao destino, no Parque Municipal das Grutas de Botuverá, os participantes iniciaram a visita apreciando e registrando a paisagem com cliques fotográficos. Após instruções de uma guia experiente e utilizando equipamentos de segurança, os estudantes adentraram na imponente e maior caverna do Sul do Brasil, encrustada em uma enorme formação rochosa com mais de 60 milhões de anos e cerca de 1.200 metros de extensão.

Riqueza cultural

Conforme a professora e coordenadora do curso de Pedagogia, Andréia Rabelo Marcelino, a saída de campo a Botuverá proporcionou aos estudantes uma valiosa oportunidade de integrar teoria e prática, consolidando conhecimentos e vivenciando a riqueza cultural e natural da região.

“Os estudantes superaram os desafios de mais de 700 degraus, desviando de estalactites e admirando as estalagmites formadas pelas gotas de chuva. Após a exploração subterrânea, percorreram uma trilha ecológica que os conduziu a uma cachoeira. Foi um rico passeio, repleto de aventura, exploração e conhecimento, tudo vivenciado em uma verdadeira sala de aula ao ar livre”, definiu a professora.

A expedição ainda incluiu um delicioso almoço tradicionalmente italiano e uma visita ao museu ao ar livre, que narra a história do local por meio de artefatos e engenhos antigos, como a Casa do Imigrante, inaugurada em 2018, com um acervo diversificado, desde discos de vinil, televisões de tubo e até equipamentos odontológicos e instrumentos cirúrgicos.

Relatos dos acadêmicos

“Essa saída de campo refletiu sobre a importância da humildade e do conhecimento de novos lugares, destacando o poder transformador da natureza e da sua preservação”, comentou o estudante de Pedagogia, Luvumbo Manuel Quionza.

A futura pedagoga, Taciana Biff Cesconetto, ressaltou a riqueza da experiência, que proporcionou aprendizado e momentos inesquecíveis, citando o educador Paulo Freire: “Quem nasceu para ensinar nunca deve parar de aprender”.

“O ontem é um caminho que já foi percorrido com muitas histórias e lembranças para recordar, uma bagagem cheia que precisa ser esvaziada e renovada para que o amanhã seja uma página em branco, convidativa a preencher com novos saberes e aprendizados, além de enfrentar obstáculos e desafios. Como futura pedagoga, devo me deixar guiar pelos novos saberes que a vida proporciona”, definiu Taciana.

Três salões para visitação

A caverna tem mais de dois mil metros de extensão e contém seis salões, estando abertos para a visitação apenas três. Após percorrer 220 metros, passando pela galeria de entrada, os visitantes se deparam com o Salão do Órgão, o maior de todo o complexo. O nome se refere à sonoridade do instrumento que as cortinas emitem, caso tocadas.

O segundo é o Salão da Geleira, que tem este nome devido ao escorrimento calcítico semelhante ao de uma cascata congelada. Ao lado da escada de metal encontramos os travertinos, que são pequenos lagos cujo nível da água aumenta ou diminui conforme a intensidade das chuvas. O último salão visitado é chamado de “Catedral”, dado a sua semelhança com uma antiga igreja.

Curiosidades de Botuverá

O Parque Municipal das Grutas de Botuverá abriga a caverna mais ornamentada do Sul do Brasil. O nome do município, de origem Tupi-Guarani, evoca “bons brilhantes”, “pedra preciosa” ou “montanhas brilhantes”, refletindo a beleza natural da região. Estudos detalhados garantiram, pelo poder público municipal, a criação de uma opção turística de qualidade, com foco na proteção do ambiente cavernícola.

Mais informações para a visitação podem ser obtidas acessando o link

 

 

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