
Já diz o ditado popular: “o bom filho à casa torna”. E assim fez o egresso do curso de Engenharia Civil, Tiago Magnus, após nove anos residindo na Finlândia, onde cursou o mestrado e começou a trabalhar. Na noite desta quinta-feira (27/3), ele retornou à Unesc para conversar com os acadêmicos da quinta fase, na disciplina de Estabilidade das Construções; da oitava fase, Estruturas de Aço e da nona fase, Obras de Terra e Fundações.
Com mestrado em Engenharia Estrutural pela Universidade de Aalto, na capital finlandesa Helsinque, apresentou a caminhada até chegar na Europa e a experiência profissional que hoje exerce na empresa Sweco Finland, com projetos estruturais pré-moldados.
“Há muito tempo estou programando vir à Unesc para contar sobre a minha trajetória na Finlândia. Nesta conversa falei um pouco do meu caminho, desde a saída do campus, até a chegada à Finlândia. Nesta conversa procurei desmistificar todo esse processo de estudo e trabalho no exterior que é algo simples, na verdade. A minha história já influenciou um rapaz que me conheceu aqui, seguiu meus passos, e hoje também mora em Helsinque. Uma dica: é muito importante falar inglês”, comentou o egresso.
Plataforma Bim
Sobre o trabalho desenvolvido em uma das maiores empresas de estruturas da Europa, Tiago apresentou a tecnologia da engenharia mais utilizada no país em que reside. “No nosso escritório, utilizamos a plataforma Bim que conheci por meio dos professores da Unesc. É uma ferramenta que facilita muito a compatibilização dos projetos. Demonstrei também algumas imagens de obras que desenvolvi, e técnicas estruturantes utilizadas pela engenharia civil na Finlândia”, explicou o egresso.
Reconhecimento
Magnus também comentou sobre a aceitação do seu currículo e diploma na Europa. “Quando eu fui fazer mestrado, o diploma da Unesc foi muito importante. Nossa Universidade é conhecida e reconhecida internacionalmente. Com diploma na mão, fui aceito como estudante do mestrado e a minha tese foi sobre “Resistência laterais de fundações em estacas. Com a conclusão desta graduação, automaticamente o meu diploma de bacharel em Engenharia Civil, foi validado para toda a Comunidade Europeia. Hoje, além do título de mestre, também já é um cidadão finlandês e casado com uma francesa, também formada em Engenharia Civil”, relatou.
“Neste período em que estou trabalhando na Finlândia, já elaborei pelo menos quatro projetos de edificações industriais, residenciais e comerciais. Fiz cálculo estrutural para a Romênia, Índia, Coreia do Sul e China. Em Marrocos e Manaus, aqui no Brasil, foram duas oportunidades que não vingaram. Fiz poucos projetos estruturais, porque é de praxe o autor cuidar da integridade da estrutura e das conexões da obra. Eu me envolvo completamente, desde a prancheta até a finalização do empreendimento. A conceção do projeto leva entre um ano, a um ano e meio e depois a construção, leva mais um ano e meio, assim tenho que estar à disposição para aquele projeto”, falou o egresso.
Troca de experiências
O coordenador em exercício do curso de Engenharia Civil, Augusto Wanderlind, colega de turma do palestrante, considerou o encontro proveitoso. “Estamos muito felizes com esse momento. Temos vários egressos que vão para o exterior, fazem carreira, como é o caso do nosso colega Tiago. Ele se formou, foi fazer mestrado na Europa, e hoje mora e trabalha na área de engenharia estrutural, é dos segmentos da profissão. Para nós é um prazer, sempre quando vem passear no Brasil, visita a Unesc, por conta desse carinho que ele tem por todos os professores, colegas e vínculo. O bate papo foi uma oportunidade única de vivenciar conosco sua história em um país de primeiro mundo, com alta tecnologia e contando para os acadêmicos as diversas possibilidades internacionais de trabalho”, avaliou.
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