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Unesc inaugura Museu de Zoologia no Parque das Nações

Esta é a primeira unidade do MuZoo fora da Universidade. O espaço tem visitação gratuita e aberta ao público. (Fotos: Décio Batista/Agecom/Unesc)

Stephanie Barbosa/Especial/Agecom

Um momento inesquecível na história de Criciúma. Assim podemos resumir a inauguração do Museu de Zoologia Morgana Cirimbelli Gaidzinski, que ocorreu nesta quinta-feira (19/12), no Parque das Nações Cincinato Naspolini, no bairro Próspera. O local, que proporciona uma imersão à riqueza natural da região, garantindo à população, conhecimento sobre a biodiversidade da Floresta Atlântica, ficará aberto à visitação neste fim de semana (sexta-feira, sábado e domingo) e volta a abrir oficialmente no dia 10 de janeiro de 2025.

O espaço foi construído a partir de uma parceria da Unesc com a Prefeitura de Criciúma e com o Ministério da Cultura. “O Museu de Zoologia é um dos equipamentos mais bonitos da nossa Universidade, quando trazemos para além da visitação que envolve a cultura, que envolve o encantamento, tendo todos os modelos animais que nós temos, estamos levando à população de Criciúma e região, a prática educativa”, comenta a reitora da Unesc, Luciane Bisognin Ceretta.

“É mais uma forma de a Universidade continuar contribuindo para além dos seus muros, com o desenvolvimento ambiental da nossa cidade e isso é motivo de muita alegria para nós”, acrescenta.

Para o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, o Museu de Zoologia é um espaço de conhecimento e que reflete os bons frutos da parceria entre a Instituição e o Município. “Este museu conta a história do nosso planeta e tenho certeza de que será algo extraordinário para a população. Por isso parabenizo a reitora Luciane e a coordenadora Morgana pelo excelente trabalho e por mais uma vez cumprirem com o objetivo de sensibilizar e conscientizar a comunidade sobre aspectos ambientais diversos”, salienta.

Quem já conheceu o espaço garante que a visita vale muito a pena. “O museu é lindo e realmente causa a sensação de que estamos imersos na Mata Atlântica. Achei a iniciativa incrível, porque todos têm o direito a ter acesso ao conhecimento de maneira fácil e esse museu proporciona isso. Eu indico a todos que visitem”, afirma a auxiliar financeira e estudante de Biologia, Heloísa Fernandes Souza.

Homenagem especial

O Museu leva o nome da professora Morgana Cirimbelli Gaidzinski, entusiasta da área e coordenadora do Museu de Zoologia da Unesc há mais de 20 anos. “Eu fiquei muito, muito feliz com esta homenagem. É uma responsabilidade imensa, mas também um sentimento de gratidão eterna à Unesc, esta Instituição a qual eu me dedico e tenho uma verdadeira história de amor”, garante Morgana.

De acordo com ela, os visitantes terão uma experiência única, com o padrão de conhecimento de qualidade que a Unesc proporciona. “Esta é a primeira vez que a gente inaugura uma sede fora do campus da Unesc e ficou maravilhoso. O público pode esperar momentos de encantamento, porque a visita é lúdica e interativa. Também vão poder adentrar no espaço e encontrar no museu uma exposição de animais taxidermizados, que fazem parte do bioma de Mata Atlântica, além de vivenciar um dia na mata”, detalha a coordenadora.

Imersão

A imersão no Museu de Zoologia terá início na primeira estação, localizada na entrada principal do parque com a apresentação de um vídeo sobre os pontos turísticos de Criciúma, sobre as características e importância da Mata Atlântica, floresta onde a cidade está inserida.

Após o primeiro momento, os visitantes terão acesso à mini-ferrovia turística em homenagem à Estrada de Ferro Dona Thereza Christina, com a locomotiva Terezinha, constituída de dois vagões com vinte lugares cada. Por meio do passeio, eles chegam na Estação Mata Atlântica para contemplar e fotografar a beleza da exposição de animais taxidermizados e adquirir lembranças confeccionadas por artesãos locais.

“A instalação do Museu de Zoologia em parceria com o Município é um grande reforço para o Parque das Nações. Com mais esta atração, faremos com que o espaço se torne, também, um centro direcionado ao estudo da origem e da vida dos animais e suas características, atendendo não somente turistas, mas, principalmente, nossos jovens que frequentam o parque, além das escolas do nosso município”, comenta o presidente da Fundação Cultural de Criciúma, Marcos Mendonça.

Monumentos dão ainda mais vida ao local

Símbolo do Museu de Zoologia da Unesc, o gato-do-mato Maracajá, também está presente no Parque das Nações por meio de uma grande escultura confeccionada pelo artista Pedro César Almeida Santos.

Feito de fibra de vidro, a réplica do animal possui 8,6 metros de comprimento e cerca de quatro de altura. Para lhe fazer companhia, o artista também construiu dois tucanos-do-bico-verde, com mais de cinco metros de altura.

Conforme a coordenadora Morgana, as novas esculturas encantam os visitantes e se tornaram grandes atrações em Criciúma e no Parque das Nações. “Essas impressionantes réplicas, não apenas irão atrair a atenção de todos, mas também servem como ferramentas educativas para sensibilizar e  convidar a refletir sobre a grandiosidade da vida selvagem e a necessidade urgente de preservação. Para nós, é uma honra ter essas réplicas assinadas pelo artista Pedro César”, acrescenta.

O gato-do-mato-maracajá é uma espécie representativa na região, mas que encontra-se ameaçada de extinção devido, principalmente, ao desmatamento. Além dele, os tucanos-do-bico-verde, emblemáticos da Mata Atlântica, simbolizam a beleza e o esplendor da rica biodiversidade.

Baiano, mas residindo em São Paulo desde 1980, o artista Pedro César Almeida Santos, começou a esculpir em pedra aos oito anos de idade. Em Santa Catarina, ele confeccionou o boneco do Betinho Carrero, para o Parque Beto Carrero World. Pela primeira vez em Criciúma em 2024 especialmente para completar a beleza do MuZoo, ele diz estar orgulhoso das novas obras. “Tenho cada uma delas como um filho. São muitas espalhadas pelo país e agora tenho a oportunidade de vir para Criciúma a convite da professora Morgana”, conta Santos.

 

 

 

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