Desde que foi fundada em 1968, a Unesc contribui para a edificação de uma sociedade próspera, justa e inovadora. Para isso, a Universidade moldada sobre os pilares do Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação, constrói diariamente, cenários favoráveis às ciências, tecnologias e áreas voltadas à saúde. Um exemplo disso, é o Programa de Atendimento aos Portadores de Parkinson (ProPark), projeto de Extensão organizado pelos cursos de Fisioterapia, Educação Física e Psicologia, e tem como objetivo acolher e amparar pessoas diagnosticadas com Parkinson.
De acordo com a diretora de Extensão, Cultura e Ações Comunitárias, Fernanda Sônego, é importante lembrar que, apesar dos atendimentos serem realizados em grupos, os exercícios são ministrados de acordo com a necessidade de cada indivíduo.
“Eles melhoram, e em alguns casos, têm estagnado a progressão da doença. É possível notar o progresso das habilidades e das funções desenvolvidas no dia a dia, e isso contribui para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes. Nos deixa felizes ver que as pessoas aproveitam este projeto desenvolvido pela Universidade”, salienta.
Conheça a estrutura do projeto
A coordenadora do Propark, professora Ariete Minetto, expressa satisfação ao ver o impacto positivo que o projeto gera na vida das pessoas diagnosticadas com Parkinson.
“Desde o início das atividades, em 2016, o Propark se dedica a oferecer suporte individualizado, promovendo não apenas a melhoria das habilidades motoras, mas também espaço de acolhimento e interação social. Cada exercício é pensado com cuidado para atender as necessidades específicas de nossos participantes, e a evolução que observamos é um testemunho do compromisso da Unesc com a qualidade de vida e inclusão”, enaltece.
O professor do curso de Fisioterapia e supervisor do projeto, Carlos Rigobelo, comenta que o projeto surgiu em 2016, mas devido à pandemia da covid-19, precisou ficar suspenso. Entretanto, no ano passado, com o auxílio de alguns parceiros portadores do Parkinson ele foi retomado.
“Nós seguimos com os encontros todas às segundas e quartas-feiras. Além disso, os acompanhantes também vêm para participar das atividades e receberem orientações”, frisa.
Entenda o projeto
Rigobelo reforça que cada atividade proposta aos pacientes tem uma finalidade específica que ajuda a combater diferentes características que a doença apresenta. “Alguns grupos têm dificuldades maiores. Com isso, ajustamos nossos exercícios com o auxílio dos nossos estagiários da Fisioterapia. Esses exercícios são importantes porque auxiliam na diminuição de sequelas, como, a dificuldade para caminhar”, explica.
A fisioterapeuta e professora colaboradora das atividades, Rubya Pereira Zaccaron, comenta sobre a rotina dos pacientes quando chegam nos encontros. Segundo ela, há cinco minutos de interação, alongamento e aquecimento. “Dentro de cada grupo específico nós prescrevemos exercícios aeróbicos e de força, além de técnicas que auxiliam na manutenção do equilíbrio”, relata.
A bolsista e acadêmica da 7ª fase do curso de Fisioterapia, Mariana Zeni, diz que esse é o primeiro projeto de Extensão que participa. Ela vem contribuindo com o programa desde que o conheceu, por intermédio da coordenadora do curso, Ariete.
“É gratificante poder atender esses pacientes. Trata-se de um grupo super ativo e disposto a fazer as coisas que ensinamos para que tenham uma qualidade de vida melhor. Nós ficamos felizes de tê-los conosco, porque é realmente o que nós queremos proporcionar para eles: bem-estar”, afirma.
O que é o Parkinson
Segundo Rubya Zaccaron, o Parkinson é uma doença neuro-degenerativa e, geralmente, o maior fator de risco está associado à idade. Portanto, está ligada ao processo de envelhecimento, sendo a segunda mais comum dentro das doenças neurodegenerativas, perdendo apenas para o Alzheimer .
“É algo que atinge a parte motora do corpo, por isso, existem sintomas como os tremores. Vale ressaltar ainda, que temos vários sintomas não motores relacionados à doença de Parkinson, tais como, gastrointestinais e redução da qualidade do sono”, explica.
Rubya dá destaque ao fato de que a doença, em muitos casos, começa por meio do nervo olfatório, ou seja, na região do nariz. Logo, se houver alterações relacionadas ao cheiro, expressões faciais ou de linguagem é preciso ficar atento, pois nem todos vão apresentar os sintomas de tremores.
“O acompanhamento é fundamental, mas a família junto com o idoso, precisa ter atenção. Hoje ainda não tem cura, mas nós trabalhamos para retardar o processo de neurodegeneração. De forma preventiva, o exercício é a melhor maneira de retardar os sintomas”, conclui.