Os últimos quatro dias foram de intensas e qualificadas discussões sob diferentes olhares em torno na temática principal “Vidas em risco e Crise Climática” na 5ª edição do Congresso Ibero-Americano de Humanidades, Ciências e Educação, realizado de 10 a 13 setembro na Unesc. O evento reuniu palestrantes renomados de países como Espanha, Portugal, México, Argentina, Cuba e Peru, além de 72 Grupos de Trabalho e 22 minicursos, proporcionando uma troca de ideias valiosa e insights profundos sobre a urgência climática.
A Conferência de Encerramento ocorreu nesta sexta-feira (13/09) com a palestra da pesquisadora Mercedes Bustamante em torno do assunto “Crise Climática, Educação e Pesquisa Científica”. Para aprender sobre o assunto, estiveram no Auditório Ruy Hülse visitantes, acadêmicos, pós-graduandos, professores, pesquisadores e estudantes de Ensino Médio.
De forma didática e clara, Mercedes compartilhou perspectivas importantes para o cenário global no que se refere à crise climática, enaltecendo a necessidade de que atitudes sejam tomadas de imediatas. “O alerta vermelho ficou vermelhíssimo. A gente precisa ser muito ambicioso no desenho de soluções e não dá para deixar para amanhã, pois isso já era para ontem”, pontuou.
Para a reitora Luciane Bisognin Ceretta, o envolvimento de toda a Instituição no evento é reflexo da importância desse tipo de discussão em ambientes acadêmicos e do papel ativo da Unesc no cenário não só regional, mas nacional e internacional.
“Se o tema da crise climática não for discutido em uma Universidade como a nossa, que produz ciência e conhecimento diariamente, qual será o lugar da sociedade em que essa discussão será realizada? Acredito que o evento traz consigo toda a capacidade de refletir sobre os espaços que habitamos, a relação do nosso modo de viver a vida e cuidar do meio ambiente com a crise climática global”, destacou Luciane.
Ao abordar a temática, conforme a pró-reitora de Pesquisa, Pós-graduação, Inovação e Extensão, Gisele Coelho Lopes, o Ibero trata diretamente da qualidade de vida de todas as pessoas, da saúde e da própria existência. “Diante de um tema tão emergente, nós conseguimos incorporar esse evento como institucional internacional, com a participação de todas as áreas do conhecimento e todos os nossos programas de mestrado e doutorado envolvidos. Nós concluímos o Ibero hoje com uma abordagem muito relevante que coroa toda a bagagem acumulada durante a semana, com grandes trocas”, salientou.
Muito além do campo das ideias, conforme o coordenador geral do evento, Carlos Renato Carola, as discussões feitas ao longo do evento são fundamentais para a construção de soluções coletivas. “Esse problema já está colocado no mundo e estamos, de fato, vivendo sob os efeitos da crise. Todas essas formas de discussão são importantes para nós estabelecermos diálogo para pensar em políticas de prevenção e restauração de ecossistemas da região para diminuir os impactos da crise climática”, apontou.
A palestra de encerramento do 5º Ibero pode ser assistida na íntegra no link:
Aprovação dos visitantes
A professora e pesquisadora da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), Angélica Garcia Couto, vice-presidente da Associação Catarinense de Plantas Medicinais, esteve na Unesc pela terceira vez. Nesta oportunidade ela representou o projeto de Extensão Plante Saúde e o Horto Medicinal e apresentou trabalho voltado à proposta de hortas sociais com foco na diminuição da incidência de gás carbônico. Conforme ela, o ambiente foi muito acolhedor, o evento contou com excelentes discussões e foi possível tirar grande proveito destes dias. “É um encontro que vem a estimular nossa reflexão e reafirmar nosso compromisso enquanto educadores. A recepção, como sempre, foi muito boa e fez com que nos sentíssemos em casa”, garantiu.