Aproveitando o evento que a Universidade realiza nesta semana, a Editora Unesc, lançou mais cinco novos títulos. A ação marca a participação da editora dentro do 5º Congresso Ibero-Americano de Humanidades, Ciências e Educação (V-Ibero Unesc). Ao todo, foram 13 títulos lançados que abordam os mais variados temas, principalmente os oriundos de pesquisas científicas e discussões em fóruns, encontros universitários e vivências autorais.
Para o editor-chefe da EdiUnesc, professor Dimas de Oliveira Estevam, o Ibero é um espaço importante para a divulgação das obras e do nosso trabalho na editora. “O lançamento desses livros nos coloca na vitrine de um grande evento internacional, organizado pela Unesc. A EdiUnesc está ampliando o leque de conteúdos que oferece aos leitores assíduos. Com as obras, ampliamos e fortalecemos o nosso portfólio de publicações, e aproveitando a oportunidade para contribuir com o sucesso do evento”, argumentou.
Em dois cerimoniais de lançamento, cada autor ou representantes das coletâneas publicadas, tiveram a oportunidade de narrar a construção de suas obras. A organização do lançamento “Coletivo de Livros”, ficou a cargo da equipe da EdiUnesc.
Lançamentos quarta-feira (11/09)
Selos Unesc:
Os Tempos da Justiça: História, Infâncias e Direitos Humanos na América Latina
Organizadores: Silvia Maria Fávero Arend e Humberto da Silva Miranda
Prefácio:
“Os Tempos da Justiça: História, Infância e Direitos Humanos” nasceu do compromisso de mobilizar pesquisadoras e pesquisadores da História das Infâncias e das Juventudes na América Latina. Fruto das discussões realizadas durante o III Encuentro de La Red de Estudios de Historia de las Infancias en América Latina e o I Seminário Nacional do Grupo de Trabalho História da Infância e da Juventude Anpuh/BR. Os capítulos da coletânea informam que, sobretudo, a partir do século XX, os problemas da população infanto juvenil ganharam destaque nas agendas sócio jurídicas de países da América Latina, gerando a implementação de um conjunto de políticas sociais.
Cartografias das Infâncias: História, representações e sensibilidades na América Latina
Organizadores: Silvia Maria Fávero Arend, Camila Serafim Daminelli, Daniel Alves Boeira e Elisangela da Silva Macheski
Prefácio:
Os capítulos que compõem este livro buscam analisar as mudanças socioculturais vivenciadas pelas crianças, adolescentes e jovens no continente, sobretudo ao longo dos séculos XIX e XX. Cada capítulo, a seu modo, problematiza as sociedades latino-americanas tendo em vista as ausências, incompletudes, direitos e políticas sociais levadas a cabo para as infâncias, adolescências e juventudes. E, apesar da diversidade dos problemas, das fontes e dos enfoques teórico-metodológicos, o livro coloca em cena as potencialidades de um campo de pesquisa consolidado, mas que compreende, nas redes acadêmicas que são tecidas, um compromisso da ordem do político, ainda distante do seu cessar: ampliar o respeito às distintas culturas infanto juvenis, destacar o protagonismo das crianças, dos adolescentes e dos jovens e enfrentar as questões sensíveis que permeiam a sua realidade social.
“Esses dois volumes são frutos de uma rede internacional que se chama Rede de História das Infâncias na América Latina (Real) e também do Grupo de Trabalho de História das Infâncias, vinculado a nossa Associação Nacional de História. Estou representando outros quatro autores, dessas duas obras, que tem uma importância muito grande para nós filhos do campo”, frisou a representante Camila Serafim Daminelli.
Impactos do carvão mineral nas pessoas e na natureza
Autores: Carlyle Torres Bezerra de Menezes, Carlos Renato Carola, Paulo Sérgio Osório, Robson Dos Santos
Em nomes dos autores, o docente Carlyle fez a apresentação da obra. “Este livro está sendo lançado em um momento muito interessante que o destino trouxe: lançar durante o Congresso Ibero-americano, onde a questão da crise climática, a questão de todo esse sofrimento que milhões de pessoas estão sofrendo no mundo todo, é o resultado inclusive desse aspecto central que nós abordamos, que é o impacto da mineração de carvão. Impacto nas pessoas, e mais do que tudo, trazendo na realidade pessoas que foram invisibilizadas ao longo de toda a história. Infelizmente aqui na região, o que se passa é esse modelo de progresso, de desenvolvimento, que na realidade esquece, destrói os rios”, explanou o professor.
O conteúdo dessa obra aborda os efeitos da mineração de carvão na região sul de Santa Catarina, destacando tanto os impactos sociais quanto ambientais. Enfoca a perspectiva de gênero, revelando como o trabalho das mulheres na mineração foi historicamente invisibilizado. Também mostra as memórias de explosões, mortes e traumas, evidenciando os riscos e as tragédias associadas a essa atividade. O livro dá voz ao sofrimento social das populações locais, que enfrentam problemas de saúde e deterioração da qualidade de vida devido à poluição e à insegurança alimentar e hídrica.
Outras editoras
Vidas Encontadas
Coletânea
“A obra tem exatamente este título, muitos se confundem, seria encontradas ou encantadas e nós resolvemos fazer uma brincadeira com o nome: é uma mistura de encanto com o conto, por meio da contação de histórias. Somos 13 autores, coautores que nos unimos, nos juntamos para levar essas histórias. Algumas ficcionais, outras reais biografia, mas o intuito foi exatamente este, levar ao público uma produção de punho coletivo para que chegasse a mais pessoas e por isso esse espaço oferecido pela EdiUnesc é muito importante para nós. São contos de autores das mais variadas idades, dos 20 aos 70 anos, de todo o Brasil: Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Ceará, e claro, de Santa Catarina, da nossa região. Temos escritores orgulhosos e emocionados porque tiveram um texto seu publicado pela primeira vez”, comentou a autora representante, Karla Ribeiro.
Vidas Encontadas é um livro que nasceu da vontade de reunir histórias, estórias, História, ‘causos’, ideias, pensamentos, desejos, reflexões, desabafos, começos, fins, alegrias, tristezas, decepções, saudades, … sem fim. É sobre vidas que aconteceram e acontecem com a essência de todo ser vivo: a alma. A reunião de indivíduos pensantes e repletos de sentimentos diversos que, juntos, formam o enredo deste livro
“Racismos, infâncias e literaturas: pistas para práticas formativas antirracistas”
Coletânea
Representando os diversos escritores que contribuíram para a construção da obra, o co-autor, Christian Muleka Mwewa, destacou que a obra tem uma grande importância devido ao seu tema sobre. “O livro tem o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CnPQ), e não serve apenas como uma publicação acadêmica, mas sim como um material didático, pedagógico, para os professores em sala de aula poderem trabalhar essas questões”, analisou Christian.
Prefácio:
Coletânea que tem como um dos objetivos centrais figurar como um material didático pedagógico para formadoras e professoras que atuam diretamente com as infâncias em contextos formativos formais, informais e não formais. O material configura-se um poderoso instrumento contra as investidas das violências racistas cotidianas em diferentes âmbitos.
O Jogo na perspectiva Histórico-Cultural: uma proposição a partir do Ensino Desenvolvimental
Autores: Isabela Natal Milak e Vidalcir Ortigara
“Falar dessa obra é satisfatório. Porque ela expressa a primeira síntese de uma pesquisa que nós desenvolvemos em um grupo de pesquisa que procura revolucionar a Educação Física. O que nós procuramos prestar aqui, é de uma nova compreensão do que são os objetos de estudo da educação física sobre a especificidade do jogo e o jogo como expressão da organização coletiva de práticas corporais que tem como finalidade e objetivos mutuamente opostos dirigido ao mesmo alvo. Então essa é a compreensão que se diferencia dentro da própria discussão histórico e cultural do jogo como a forma básica de desenvolvimento das crianças na educação infantil, que nós preferimos chamar de brincadeira de papéis sociais”, argumentou o professor Vidalcir Ortigara.
A obra é resultado de pesquisa e objetiva analisar as possibilidades de organização do processo de ensino na proposição davidoviana com vistas à apropriação pelos estudantes do conceito de jogo. Realizou-se experimento formativo com tarefas e ações de ensino no intuito de que os estudantes do primeiro e segundo anos do Ensino Fundamental assimilassem os elementos constituintes do jogo e de seu conceito teórico. Com base nos pressupostos da Teoria Histórico Cultural e do Ensino Desenvolvimental, debruçou-se sobre os conceitos teóricos pertinentes ao jogo que orientaram a organização de ensino do experimento formativo.
Lançamentos de quinta-feira (12/09)
Selo Unesc
E-book
Quando as memórias escolares se encontram: Uma experiência forjada em classe
Autoras: Giani Rabelo, Maria Aparecida Casagrande, Odécia de Almeida de Souza da Silva e Susane da Costa Waschinewski
Prefácio:
O texto é um convite aos leitores a “navegarem” nas memórias escolares de um grupo que tem trilhado um percurso de formação e atuação profissional no campo da educação, alguns iniciantes e outros profissionais mais experientes.
Na escrita, as narradoras ensaiaram práticas do arquivamento do eu, às vezes mergulhadas na nostalgia de um tempo que não volta mais, mas também na busca incessante de um distanciamento teórico.
Outras editoras
Oboré quando a terra fala
Contos amazônicos por Vovó Martha
Autora: Martha de Lima
Prefácio:
Sete etnias, sete lideranças que representaram o Brasil no Terceiro Congresso Mundial de Transdisciplinaridade México 2021, suas falas potentes fizeram nascer essa coletânea. São as vozes que falam pela Mãe Terra nos quatro cantos do mundo.
Educação ambiental para o ensino básico – Percursos Formativos
Autora: Márcia Maria Santos
Prefácio:
A Educação Ambiental (EA) se revela, cada vez mais, como uma demanda emergente do planeta e que requer prioridade de todas as instituições e de todos os indivíduos. A escola tem a capacidade de imprimir na consciência de sua comunidade que o meio ambiente é o próprio meio de cada indivíduo. A aproximação da comunidade escolar com o espaço local é um instrumento pedagógico de extrema importância. A autora propõe práticas pedagógicas organizadas com base em sequências didáticas (SD) que possibilitem, de modo interdisciplinar, trabalhar com amplos temas socioambientais associados às especificidades locais.
Como Dominar os Ventos
Autor: Almir Ribeiro
Prefácio:
Esse relato biográfico e científico, é baseado em viagens para pesquisas de campo realizadas pelo autor, nos últimos 35 anos, com o objetivo de vivenciar algumas circunstâncias culturais dentro das quais tradições de teatro e dança milenares surgiram, em suas estéticas e práticas pedagógicas. A longevidade dessa pesquisa possui, obviamente, a particularidade de ter se iniciado muito antes da internet e de ter se iniciado com uma experiência muito intensa de treinamentos árduos em um pequeno vilarejo do sul da Índia, ainda no final da década de 1980, quando sequer a eletricidade era comum no local.
Gordon Craig e a Pedagogia do Übermarionette
Autor: Almir Ribeiro
Prefácio:
Edward Gordon Craig pode ser descrito como um dos mentores da arte cênica moderna que percorreu o século XX e adentrou o atual com suas ideias ainda inspirando vanguardas. E esse potencial inspirador é possivelmente um de seus maiores legados. Este trabalho, em sua segunda edição, busca analisar a proposta artística do genial Gordon Craig e como a natureza simbólica de sua proposta teatral se abre em inúmeros temas: técnicas, éticas e pedagogias através dos quais se pode admirar o fantástico caleidoscópio do ideário do artista
Juventude e Política: uma proposta de análise geracional
Autor: Ricardo Gonçalves Severo
Prefácio:
O livro apresenta uma proposta de análise geracional que oferece uma abordagem sociológica perspicaz para compreender a juventude contemporânea do Brasil, em meio a uma polarização política intensa. O autor utiliza as ferramentas da sociologia do conhecimento para explorar a percepção social e a formação de orientações coletivas entre os jovens. O livro analisa as experiências da juventude, considerando suas narrativas, inserções cotidianas em redes sociais e institucionais, além de fatores histórico-estruturais. Destaca-se a análise das continuidades e inovações em comparação com gerações anteriores, com ênfase em variáveis como gênero, raça e religião.