A comunidade do bairro Santa Luzia recebeu um momento de reflexão sobre o tema “Alienação Parental”. Trata-se de uma atividade realizada pelo projeto de Extensão Prevenção Da Síndrome Da Alienação Parental (Presap) e ocorreu no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) para as pessoas que são assistidas pela instituição. A oficina foi ministrada pela professora do curso de Direito Sheila Martignago Saleh, e acadêmicos do curso de Direito e Psicologia, Klaiton da Cruz e Jordana Steiner, respectivamente.
A psicóloga da instituição beneficiada, Géssica De Carvalho Santiago, agradeceu a parceria realizada pela Unesc. Segundo ela, quando se fala em alienação parental, é muito importante orientar as famílias sobre a importância da preservação da criança diante desse processo.
“A gente sempre tem que pensar na parte do cuidado, do olhar e de entender que é um processo de rompimento não só para o casal, mas também para aquela criança que sofre as consequências. Então, é de extrema importância toda a escuta ativa e orientação que possamos dar”, explica.
A profissional ainda destacou que, na maioria dos casos, “os pais não têm a ciência do que é alienação parental e praticam sem saber”, analisa.
Segundo a coordenadora do projeto, professora Sheila Martignago Saleh, o projeto tem continuidade desde o ano 2013 e já desenvolveu suas atividades, por vários anos, nas Casas da Cidadania da Unesc, no Centro de Conciliação Judicial de SC (Cejusc) e em 2024 e 2025 será executado para pais das escolas e Clubes de Mães dos Bairros pertencentes à Grande Santa Luzia.
“O projeto tem como objetivo orientar as famílias sobre as consequências da alienação parental para os filhos e os aspectos jurídicos da Lei da Alienação Parental n. 12.318 de 2010. Como o foco do genitor alienador é afastar os filhos do outro genitor, explicamos as consequências psicológicas da perda da convivência familiar sadia, além das consequências jurídicas trazidas pela Lei ”, pontua.
Klaiton da Cruz é acadêmico da quarta fase do curso de Direito. Ele revela que esse é o primeiro projeto de Extensão que participa dentro da Universidade.
“Iniciei no projeto de Extensão sobre alienação parental faz uns dois meses. Está sendo muito legal o aprendizado, porque é um assunto muito importante na área do direito de família e a gente sabe que a Extensão é algo que agrega muito no ensino durante a graduação. E está sendo gratificante trazer essa temática para essas pessoas com o projeto”, analisa.
Iniciando no primeiro dia do universo extensionista, Jordana Steiner, também é acadêmica da quarta fase, porém, do curso de Psicologia. Para ela, a ideia do projeto é muito importante, por causa da proposta de prevenção e erradicação daquilo que ela chama de ‘síndrome da alienação parental’ que resulta no afastamento das famílias.
“Penso que será uma excelente experiência de viver a psicologia dentro da graduação. Tenho isso como uma oportunidade muito importante”, relata.
Quem também assistiu aos ensinamentos, foi o senhor Edegar Galdino. Ao se referir sobre o assunto destacado, ele destaca que é preciso haver união entre as pessoas.
“De modo geral, tem que ter mais união entre mãe e filha, mesmo sendo adolescentes ou crianças. Não é questão de mandar, é questão de ter carinho, ter afeto e talvez uma boa conversa com o filho. Isso pode, inclusive, tirá-lo do mundo das drogas ou evitar essa possibilidade. Não há necessidade de bater fisicamente, ou violentar verbalmente, penso que carinho, atenção, e simpatia nessas horas é muito importante no relacionamento entre pai e filho e entre filhos, pais e família”, acredita.