Os estudantes da Unesc buscam devolver diariamente à população dos municípios vizinhos o conhecimento adquirido em sala de aula. Quando acadêmicos de diversos cursos vão às ruas, praças ou pontos específicos de uma cidade, as pessoas desta localidade podem comemorar, pois ali acontece um projeto de Extensão, com o objetivo único de atender demandas dessa comunidade. Um exemplo disso, ocorreu na tarde desta quinta-feira (22/08), em Urussanga, por meio do projeto extensionista ‘Quinta do Chá’, organizado pelo curso de Farmácia. A ação foi ministrada pela professora Angela Erna Rossato, e as alunas Caroline Búrigo, Micheli Corrêa Costa e Jadna Silveira Rosso Coral. As integrantes representam o Grupo de Extensão e Pesquisa em Assistência Farmacêutica da Unesc (Gepaf).
De acordo com a assessora da Diretoria de Extensão, Cultura e Ações Comunitárias (Dirext), Carla Casagrande, é de grande utilidade a integração dos saberes populares com a informação de cunho científico proposto pela Universidade.
“O projeto de Extensão ‘Quinta do Chá’, consegue mesclar e valorizar os diferentes tipos de saberes, pois auxilia na melhoria da qualidade de vida das pessoas, que muitas vezes podem tratar alguma enfermidade de forma mais saudável, com custo acessível e sem prejudicar o meio ambiente. Além disso, o projeto amplia o catálogo de plantas que podem ser prescritas pelos profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS)”, destaca.
Segundo a professora Angela Rossato, “a Plantago major (tansagem) é uma planta validada pela ANVISA para uso medicinal, especialmente eficaz em tratamentos sintomáticos para afecções da cavidade oral e seu uso na medicina popular como cicatrizante é antigo, e está descrito na “Matéria Médica” do médico grego Dioscórides, do século I. Além disso, a sabedoria popular recomenda sua colheita na lua cheia, quando a seiva se concentra nas folhas, potencializando suas propriedades terapêuticas”, pontua.
A acadêmica da nona fase do curso de Farmácia, Micheli Corrêa Costa, participou pela primeira vez do projeto. Ela integrou o centro da roda de conversas, compartilhando seus conhecimentos.
“Eu conheci essa proposta extensionista por meio da minha professora. Quando ela me apresentou a estrutura desse projeto, me identifiquei, pois eu sou uma grande admiradora de plantas. É uma experiência incrível”, destaca.
A médica da Unidade de saúde Central do município mencionou que é importante haver esse contato entre o aspecto cientifico com o conhecimento fitoterápico. Segundo ela, é possível encontrar meios de suavizar a condição clinica de um paciente por meios mais naturais.
“É muito importante esse caminho lado a lado da ciência com o fitoterápico, porque a partir disso a gente consegue prescrever fórmulas mais naturais que chegam a um fim que é o benefício paciente, com menor custo, produtos que não vão fazer mal a ele, que ele tem fácil acesso”, comenta.
Texto: Assessoria de comunicação e imprensa do ProFor Águas Unesc