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Arte e Cultura

Exposição “O tempo voa e quem não voa com ele se atrasa” encerra nesta quarta na Sala Edi Balodi

Noite de encerramento é aberta ao público, com conversa com a equipe, a partir das 19h30 (Foto: Divuçgação)

O artista lageano Lucas Speranza (Cenora) convida para o fechamento da exposição “O tempo voa e quem não voa com ele se atrasa”, na sala Edi Balod, no bloco administrativo da Unesc, na noite desta quarta-feira (3/07), às 19h30, concluindo sua passagem pelo município de Criciúma. 

O público poderá contar com a presença da curadora Gabi Bresola, de Júlio Gubert, responsável pela expografia e montagem, e do produtor Rudolfo Auffinger, que estarão disponíveis para um bate-papo. Realizada pela Ombu Produção, a exposição já passou por Joaçaba e esteve aberta à visitação por um mês em Criciúma. O circuito segue agora para Itajaí e, em agosto, finaliza em Lages.

Morador de Lages, na região serrana, Lucas é considerado um expoente das artes visuais na sua região. Filho de agricultores que trabalham com varejo de frutas, criou seu ateliê atrás da frutaria, o popular sacolão. Os elementos desse comércio, como as caixas plásticas coletadas com palavras escritas como “Goya”, “Horta e arte” e “Speranza”, enxergadas como blocos de cor, tornam-se parte das obras e da montagem da exposição. Speranza, comentou sobre a origem do nome que identifica sua obra.

O título “O tempo voa e quem não voa com ele se atrasa” veio de uma frase no parachoque de um caminhão que abastece a frutaria e remete à outra temática do artista, a relação com o tempo das cidades do interior e das capitais, a vulnerabilidade das pinturas e seus suportes.

 

Sobre a exposição

A exposição reúne mais de 18 obras, entre telas e composições pictóricas, com cenas de pessoas passando na rua, suas subjetividades e afazeres, a natureza e as memórias pessoais na forma do boi e dos passarinhos, as linhas das cercas delimitando o espaço rural, o facão na cintura, o tema do Contestado.

Conforme o artista, os materiais usados incluem a clássica toalha de mesa quadriculada e os efêmeros bilhetes de loteria, numa busca por sofisticar e dar novo significado a coisas simples. O trabalho tem ainda relação com o comércio, com a própria frutaria, a loja de tecidos, a lotérica e seus bilhetes para tentar a sorte e a formação do artista em química, que se traduz em experimentações com materiais e suportes diversos e o auxilia a organizar suas ideias na linguagem do campo pictórico.

O projeto inclui conversas com convidados nas aberturas nos lançamentos, uma publicação digital, um audiobook do artista acessível para pessoas cegas ou com baixa visão e material educativo que pode ser impresso em escolas. Todos, disponíveis no site ombuproducao.com/otempovoa. 

A exposição é uma proposta cultural realizada com recursos do Governo do Estado de Santa Catarina, pela Fundação Catarinense de Cultura [FCC], por meio do Prêmio Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura – Edição 2023.

 

Sobre o artista

Lucas Speranza, o Cenora (1998), nasceu e reside em Lages SC. Artista autodidata, é integrante do hoje adormecido coletivo “A Catequese”, com o qual participou e organizou a exposição “Só Pelo Pinhãozinho”, em 2022, vencedora do prêmio Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura. Com o grupo, ainda em Lages, realizou em 2021 a feira expositiva “O Labirinto”, da qual se destaca a expografia construída inteiramente de caixas plásticas. As caixas, junto do tecido de toalha de mesa, são uma marca do trabalho do artista. 

Em 2023 teve a primeira individual “O Tempo Voa e Quem Não Voa Com Ele Se Atrasa”, com curadoria de Gabi Bresola, exposta no Memorial Meyer Filho em Florianópolis. Ainda no mesmo ano participa e idealiza a coletiva “O Sul São Meus Pais”, com curadoria de Babel, na Fundação Badesc. 

Ainda em 2023 o artista realizou sua primeira exposição individual em Florianópolis, com o mesmo nome e parte das obras, que agora está circulando pelas quatro cidades, possibilitando a difusão da produção do artista e o diálogo com artistas de outras regiões, principalmente em Criciúma, já que a exposição acontece atrelada ao contexto acadêmico das Artes Visuais.

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