A Unesc, por meio da Diretoria de Extensão, Cultura e Ações Comunitárias e do Setor de Arte e Cultura, convida a comunidade para conhecer mais uma exposição disponível para visitação no Espaço Cultural “Toque de Arte”. A cerimônia de abertura oficial desta, que é a 143ª edição no Espaço, ocorreu nessa quinta-feira (24/05) no bloco Administrativo da Universidade.
A exposição de arte cerâmica intitulada “Cicatrizes, pequenas colunas de mulheres que não mais se permitem a ferida”, da
artista visual Diómedes Niebuhr, foi selecionada por meio de edital do Setor de Arte e Cultura da Unesc. A curadoria e autoria dos textos são de Marinaldo da Silva e Silva, com programação e material educativo de Soraia Silva, e produção da Capital Criativa.
“Valorizo a sensibilidade em abordar um tema tão pertinente e agradeço ao Setor de Arte e Cultura por oportunizar este momento. O trabalho da autora mostra que cicatrizes, formadas por feridas, que podem ser visíveis e sentidas, e a exposição as ressignifica. Desejo que, por meio dela, todos se sintam acolhidos”, acrescentou, entre os agradecimentos, a assessora da Diretoria de Extensão, Cultura e Ações Comunitárias, Carla Cristina Casagrande Monteiro.
A coordenadora do Setor de Arte e Cultura do Espaço Cultural, Amalhene Baesso Reddig, ressaltou a importância de oferecer espaços como este com foco na arte e na cultura. “A Unesc, há 56 anos, reconhece a importância de abrir espaços para questões culturais. O Toque de Arte é um lugar de passagem e encantamento, que se enriquece cada vez mais com a presença de artistas, que promovem críticas, diálogos e contemplações”, mencionou.
Trajetória e expressões
A artista visual Diomedes Niebuhr nasceu em Ascurra (SC) em 1948 e reside em Joinville desde 1961. Desde 2016, estuda continuamente desenho, anatomia, história da arte e cerâmica na Casa da Cultura Fausto Rocha Júnior, em Joinville.
A exposição criada por Diómedes combina interatividade e reflexão, abordando temas contemporâneos e urgentes sobre a posição e importância da mulher como núcleo vital na sociedade. Ainda, a mostra oferece um olhar motivacional sobre o envelhecimento e seus limites físicos e criativos, explorados por meio da própria experiência da artista.
O projeto da autora vai além das salas de exposição e é tanto pedagógico quanto criativo, de acordo com a produtora cultural Soraia Silva. “A trajetória da artista aborda a questão do etarismo, já que ela começou a fazer esculturas aos 67 anos, uma idade em que muitas mulheres não possuem perspectiva de vida. Nesse sentido, uma das ideias do projeto é trabalhar com idosos, utilizando técnicas de modelagem nos espaços onde estão inseridos”, explicou.
Despedida em arte
No último dia da exposição, em 11 de junho, haverá uma performance simbólica para o encerramento. O público será convidado a fazer uma imersão nas obras expostas, com blocos de argila disponíveis para modelagem. Além disso, painéis nos
quais os visitantes podem deixar mensagens escritas, depositadas em uma urna chamada “caixa das cicatrizes”, integrarão o contexto expográfico.
Esta é a 143ª exposição, promovida pela Lei de Incentivo para Projetos Expositivos Temporários no Espaço Toque de Arte, um local criado há 24 anos pela Unesc.
A mostra estará aberta à visitação de escolas e da comunidade de 24 de maio a 11 de junho de 2024, das 9h às 22h. Para agendar uma visita monitorada, os interessados podem enviar um e-mail para o setor de Arte e Cultura da Unesc (cultura@unesc.net) ou entrar em contato pelo telefone (48) 3431-2622.
-
- A exposição ‘Cicatrizes’ estará disponível para visitação pública até o dia 11 de junho, das 9h às 22h Ao todo 200 exemplares da obra literária serão doados (Fotos: Vanessa Clarinda/Agecom/Unesc)
