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Pesquisadores da Unesc trabalham para a fabricação de produto inovador e inédito no Brasil

As pesquisas estão sendo desenvolvidas com a parceria de um físico canadense especialista em nanotecnologia (Fotos:Décio Batista/Agecom/Unesc)

A Unesc está sendo berçário e pioneira na fabricação de um produto inovador para o Brasil. A Agência de Desenvolvimento, Inovação e Transferência de Tecnologia (Aditt), por meio do Programa Unesc Solutions , em parceria com a Oais Cloud, do empresário Roberto Carminatti, estão desenvolvendo cerâmicas inteligentes para o armazenamento de dados, com o uso de nanotecnologia.

As investigações estão sendo realizadas pelos pesquisadores vinculados ao Programa de Pós-Graduação em Ciências e Engenharia de Materiais (PPGCEM), Sabrina Arcaro, Oscar Rubem Klegues Montedo e Thiago Bender Wermuth.

“O Programa Solutions está viabilizando a integração com pesquisadores externos, como é o caso do Ceo da NanoGrande, empresa canadense, do físico Juan Schneider, detentor da tecnologia. O projeto está em fase inicial e já temos um protótipo inicial desenvolvido no qual a nossa equipe vem trabalhando com um composto de nanopartículas de ouro aplicados em cerâmica”, relatou o agente de inovação da Aditt, Gustavo Bisognin,

Na visão da pró-reitora de Pesquisa, Pós-Graduação, Inovação e Extensão (Propiex), Gisele Coelho Lopes, a parceria é muito importante para a Universidade. “Esta pesquisa amplia a atuação institucional no segmento de pesquisa e desenvolvimento de alto nível. O nosso compromisso é desenvolver tecnologia que atenda as necessidades do setor produtivo e essa é uma ideia inovadora, que não vai somente oportunizar o desenvolvimento da solução em si, mas também oferecer a produção dessa tecnologia pioneira, em grande escala para o mercado nacional. Essa é a primeira vez que uma universidade trabalha com uma tecnologia inovadora. Estamos felizes porque vamos colocar o Brasil juntos a outras nações que já dominam essa tecnologia”, comentou a pró-reitora.

Para o pesquisador canadense, Schneider, o trabalho está sendo feito para o de todos os envolvidos
“Temos que pensar não somente para hoje, mas também para o futuro. E a universidade está nessa posição, de capacitar os estudantes em como usar nossas tecnologias. Podemos ter estudantes que estão se graduando ou que já podem ir e trabalhar conosco. Nós, como companhia, podemos também ajudar a trazer algumas tecnologias que a universidade pode usar para sua própria pesquisa. Acredito que esta é uma interação multidirecional, é muito positiva e é uma necessidade mundial. No dia de hoje, quando a tecnologia evoluiu muito rápido, os desafios são muito complexos para resolver por apenas uma pessoa. Tem que ser através de um time que busque as soluções desses problemas. Estamos trabalhando juntos”, relatou Juan.

O empresário Roberto Carminatti está sendo a ponte que aproxima a Unesc com a empresa canadense NanoGrande. Diretor presidente da OAIS Cloud, está desenvolvendo um projeto com o pesquisador canadense e os da universidade no desenvolvimento de um equipamento de preservação de dados digitais, que visa substituir o disco rígido de computador, tradicionalmente magnético.

“Na nossa visão será o primeiro equipamento brasileiro capaz de gravar um arquivo de computador, persistir o arquivo e poder abrir esse arquivo no futuro, utilizando uma tecnologia de ponta, por meio de cerâmica de alta precisão, associados a nanotecnologia, laser e uma série de outras técnicas que não podemos divulgar. O nosso projeto já está em andamento e ainda este ano teremos a primeira unidade pronta, para apresentarmos ao mercado”, declarou Carminatti.

Parceria

Há dois anos, o empresário Carminatti mantém uma parceria com a Universidade, por meio do Unesc Labs, onde mantém a hospedagem da sua segunda empresa, a Piql Brasil Preservação Digital, que desenvolve um projeto exclusivamente de software “Esta parceria teve grande sucesso e impacto para nós. Tivemos a oportunidade de conhecer muitos acadêmicos programadores e contratar alguns deles para a empresa que era o grande objetivo do nosso projeto. A Unesc enriqueceu muito a nossa capacidade de velocidade e inovação. Se não tivéssemos a visão acadêmica, a visão dos professores em conjunto com a nossa equipe, o tempo para atingir o objetivo seria de três a cinco vezes maior, mas teve um impacto no curto e médio prazo para o crescimento da nossa empresa que foi ímpar, por isso que estamos continuando com outras propostas aqui”, resumiu Carminatti.

Ainda participaram da reunião os pesquisadores do PPGCEM, Sabrina Arcaro e Tiago Wermuth, a assessora do Escritório de Relações Internacionais, Cinara Ludvig Gonçalves e o professor do curso de Letras, Richarles Souza de Carvalho, que atuou como intérprete.

 

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