O Ambulatório de Atenção à Saúde da Pessoa com Fibromialgia (Amasf), instalado nas Clínicas Integradas e vinculado ao Centro de Reabilitação Especial (CER II) da Unesc, está com uma programação neste mês, Maio Roxo, voltada para o Dia Mundial e Nacional de Conscientização e Enfrentamento da Fibromialgia. Para dar início à conscientização sobre a doença, foi iniciada na manhã desta segunda-feira (13/05), a primeira ação prevista no calendário com a presença de uma equipe de acadêmicos dos cursos de Fisioterapia, Nutrição, Farmácia, Medicina, Odontologia, Enfermagem e Educação Física.
Para divulgar e esclarecer dúvidas dos pacientes que passam pelas Clínicas Integradas, foi preparada uma recepção na entrada do espaço, onde os estudantes de cada área apresentaram dicas importantes para o conhecimento da Fibromialgia, seus sintomas e tratamento.
Coordenando a atividade, a fisioterapeuta do Amasf, Kálita Silveira Nunes, falou da importância de abordar o assunto que atinge muitas pessoas. “Hoje estamos promovendo essa primeira ação em saúde, sobre o Dia da Conscientização e Enfrentamento da Fibromialgia. Neste mês teremos diversas ações justamente para estimular o conhecimento sobre a doença, prevenção, diagnóstico, estimular o autocuidado, explicar sobre a educação em saúde do paciente com fibromialgia e para quem não tem a doença também”, comentou a profissional.
Sem exame específico
“Estaremos trabalhando nesta divulgação, aqui nas Clínicas Integradas e em algumas praças da nossa região. O importante é mostrar para as pessoas que os pacientes fibromiálgicos sentem uma dor invisível. Essa doença não tem um exame de diagnóstico específico, mas a dor realmente acontece, altera a sensação de dor e as partes do nosso corpo que sentem a dor. Outros sintomas relacionados são os distúrbios do sono, sintomas cognitivos, espirais de memórias, de concentração, de atenção, além de ansiedade e depressão comumente associadas a essa síndrome. O importante é compreender”, destacou Cálita.
A presidente da Associação Girassol dos Fibromiálgicos do Extremo Sul Catarinense, Gisele Cunha,de 46 anos, é portadora de Fibromialgia há 27 anos. “Estamos aqui hoje, abrindo o Maio Roxo, para falar da importância, da conscientização e enfrentamento dessa doença. Levar a todos os municípios e a todos os cidadãos o conhecimento sobre essa enfermidade é de extrema importância, para nós portadoras e para aqueles que convivem conosco. Conviver com a Fibromialgia é um desafio diário. Temos que lidar com a dor, lidar com o sofrimento nosso e do familiar. A família sofre junto”, comentou a presidente.
Reconhecimento
Gisele ainda destaca o importante serviço prestado pela Unesc, por meio do Amasf. “Toda essa estrutura disponibilizada para os pacientes, com uma equipe multiprofissional é muito importante para nós. Amanhã, (14/05), teremos uma palestra sobre o conflito familiar. Quantos pacientes consegue falar sobre isso com a sua família? Sobre a influência da Fibromialgia dentro do ambiente familiar? O meu maior desejo é que todos os municípios disponibilizem atendimento em ambulatório como este oferecido pela Universidade. Criciúma já é uma referência com esse serviço de saúde oferecido pela Unesc, sendo exemplo e despertando o interesse de vários estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais, Alagoas e várias cidades de Santa Catarina “, completou Gisele.
Geralda Luiz Vicente dos Santos, é paciente das Clínicas Integradas e valorizou bastante a informação recebida sobre a doença. “Sempre é bom conhecer um pouco mais sobre essa enfermidade, ainda mais eu que já me trato de várias. Tenho 67 anos e sou muito grata pelo atendimento recebido aqui na Unesc, todos são muito queridos e me atenderam muito bem. Sou do bairro Renascer e agradeço a Universidade por todas as informações e prestação de serviços oferecidos”, agradeceu Geralda.
Prevenção
O morador da localidade do Poço Um, em Criciúma, Ogilmar Veledo da Silva, esteve nas Clínicas para buscar remédios para a sua filha e aproveitou a ação para conhecer sobre a doença. “Recebi um folder com informações a respeito da Fibromialgia. É interessante conhecermos esta doença e assim podermos identificar se pode ter alguém da família com os sintomas. A atividade despertou meu interesse pelo assunto que desconhecia e descobrir os sintomas, descobrir sua origem, o porquê aparecem no nosso corpo e como tratar também. Foram muito valiosas essas informações”, orientou Olgimar.