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Ações Comunitárias

Ação da Feira da Economia Solidária da Unesc passa por mudanças

Além da tradicional edição no Hall da Reitoria às quartas-feiras, comunidade acadêmica tem acesso à feira nas terças-feiras com diferentes produtos à venda (Foto: Éverton Horacio/Agecom/Unesc)

A  Feira da Economia Solidária, tradicional projeto da Unesc, passou recentemente por ampliação, ganhando mais um dia de ações no campus. Além da tradicional edição no Hall da reitoria às quartas-feiras, a comunidade acadêmica agora tem acesso a mais um dia de ação: diferentes feirantes à disposição no Bloco XXI-A nas terças-feiras.

Em primeiro momento, os novos feirantes haviam sido alocados no Bloco S, porém, por questões logísticas, o espaço destinado à feira mudou e, desde a última semana, passou a ficar ao lado do Restaurante Flor de Sal.

Conforme a a professora Caroline Jacques, que coordena o Programa de Ações em Economia Solidária  junto com o  professor Dimas de Oliveira Estevam, a Feira busca promover a geração de trabalho e renda para pessoas que estão à margem do sistema convencional da economia capitalista, visando a formalização e o acesso aos mercados com impactos para a inclusão social e econômica deste público. “São mulheres agricultoras, artesãs e produtores que veem na Economia Solidária uma forma de comercializar suas produções diretamente para os consumidores, em um circuito curto de produção”, explica.      

“A feira de Economia Solidária do Bloco da Biblioteca já existe desde 2012 e acontece todas às quartas-feiras, durante o ano letivo. Contudo, há um ano e meio, foi estabelecida mais uma Feira , localizada no bloco S e que tem uma pegada mais orgânica podendo ser encontrados, por exemplo, frutas e verduras orgânicas e produtos sem glúten e sem lactose. Ainda é possível encontrar café orgânico, costura criativa e artesãos, valorizando o artesanato local”, destaca.

Alessandra Marjorie de Freitas Adão, artesã que representa os feirantes nas redes sociais, destaca que a meta do  momento é dar nova cara ao grupo por meio de um perfil no Instagram. “Faz pouco tempo que começamos essa repaginação, há cerca de dois meses. A gente tem a proposta de modernizar o layout e a marca da feira de Economia Solidária, destacando o cata-vento, símbolo do movimento da Ecosol. Por isso damos uma releitura ao logotipo da feira. Assim queremos dar visibilidade aos feirantes que muitas vezes são marcados apenas pelos seus produtos, mas não são conhecidos. Queremos criar uma intimidade com a comunidade acadêmica”, pontua.

Ao todo, 11 empreendimentos de economia solidária comercializam, todas às terças-feiras, produtos diversos que variam de alimentos como frutas e verduras orgânicas, panificados como os cavaquinhos, massas frescas até mesmo sabonetes artesanais e acessórios, como tapetes, bolsas personalizadas de diferentes tamanhos e necessaires.

Ainda de acordo com Alessandra, a maioria dos comerciantes, não residem em Criciúma. Eles vêm de diversas cidades da região e tem na feira a única fonte de renda. 

“De forma geral, as feiras  são a única fonte de renda. Por isso, é muito importante que a gente esteja em um lugar onde mais pessoas circulem e possam nos ver”, pontua. Assim, o apoio do Projeto de Extensão da Unesc é fundamental pois dá visibilidade aos empreendimentos de economia solidária”, destaca a feirante.

Conforme Dimas,  os empreendimentos  que participam de ambas as feiras são formalizados a partir da vinculação às cooperativas e associações de artesãos. Empreendimentos formais, agricultores familiares, produtores agroecológicos e artesãos podem tanto participar das feiras como serem beneficiados por políticas públicas de fomento à Economia Solidária (Ecosol).

O perfil do grupo de comerciantes pode ser encontrado com o nome @fes.unesc. ou ainda pelo endereço eletrónico https://www.instagram.com/fes.unesc?igsh=MW1pNXZscXBsOXB0OA==.

  

Uma feira, muitas histórias

        Soraia Figueredo Torquato Nicoski está a um ano e dois meses no grupo. Ela comercializa produtos feitos em uma agroindústria familiar, de sua propriedade, que produz panificados sem glúten, sem leite, e sem soja.

        “São sete sabores de bolos, bolacha, pães caseiros, mini pizza, assados, feitos na minha  agroindústria familiar. Eu não faço a panificação convencional com trigo. Então as pessoas que são intolerantes, como celíacas principalmente, são as minhas principais clientes ”, destaca.

       Nadir Francisco integra o grupo há pouco tempo. Juntamente com a filha Aline Francisco, confecciona e vende tapetes artesanais de diferentes cores e tamanhos.  Ela disse que a venda dos tapetes é muito importante para o sustento da família.

     “Eu até tenho uma renda de um salário mínimo, mas dependo do meu artesanato. Então todo produto vendido entra na minha renda, pois além da minha filha tenho dez cães resgatados para criar”, enfatiza.

      Fatima Fogiarine Cardoso vende apenas produtos orgânicos e está há pouco mais de um ano como feirante na Unesc. Os produtos são certificados como orgânicos em um sistema de certificação participativa. “Eu trabalho desde 2005 com produtos orgânicos. Tenho feijões, pipoca, arroz, mel, sal temperado, limão, frutas, verduras e tantas outras variedades”, destaca.

        Margaret Just, é artesã e está há mais de dez anos atuando na Feira de Economia Solidária. “Faço artesanatos como crochê e tricô. Algumas são peças únicas. Já no verão, trabalho com outros produtos como, biquínis, sandálias, e shorts”, frisa. “O artesanato é arte e por isso, muito valorizado pela beleza e encantamento que cada peça traz consigo”, finaliza Margarete.

         A Feira de Economia Solidária Agroecológica ocorre todas às terças-feiras das 12h às 20h. A tradicional Feira de Economia Solidária de quarta-feira continua ocorrendo no hall da biblioteca.  

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