A sexta turma da Pós-Graduação Lato Sensu em Enfermagem Obstétrica e Neonatal, da Unesc, tiveram a oportunidade de ampliar os conhecimentos por meio da Aula Inaugural realizada na noite desta sexta-feira (22/03). O tema proposto apresentado foi “Atuação do Enfermeiro Obstétrico no Planejamento Sexual Reprodutivo”, proferida pela coordenadora de Extensão do Departamento de Enfermagem da Unidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Margarete Maria de Lima.
“Estamos felizes com a sexta turma em andamento porque esta é uma área muito específica. A Legislação é clara quando diz que nos hospitais onde há partos, é necessário que haja enfermeiros obstétricos e nós juntamos a Obstétrica com a Neonatologia, ramo da Pediatria que ocupa-se dos bebês desde o nascimento até 28 dias de idade”, enfatiza a coordenadora do setor de Pós-Graduação Lato Sensu da Unesc, Mágada Tessmann.
Ainda segundo ela, além da teoria, os estudantes precisam fazer aulas práticas, que ocorrem no Hospital Materno Infantil Santa Catarina (HMISC), referência na região.
“Os estudantes devem fazer a pós-graduação na Unesc, primeiramente pela qualidade, que é indiscutível. Temos no nosso corpo docente grande parte dos professores da Unesc e também trazemos alguns de fora para que os estudantes possam ouvir outros conteúdos e trabalhar de outra forma os conteúdos com pessoas vindas de fora, a exemplo do que trouxemos na aula inaugural”, enfatiza.
Paixão pelo cuidado com as pessoas
A coordenadora da Pós-Graduação Lato Sensu em Enfermagem Obstétrica e Neonatal, Cecília Marly Spiazzi dos Santos, explica que o curso permite ao enfermeiro se especializar em uma área que cuida da saúde da mulher grávida. “Antes do pré-natal, quando ela ainda quer engravidar, os métodos contraceptivos, entre outros. O que tem que fazer antes de ficar grávida e depois acompanhar durante todo o pré-natal. Então o enfermeiro, pelo Conselho Federal de Enfermagem, estará apto para isso, o que inclui consultas de enfermagem e acompanhamento pré-natal”, cita.
Ainda para a coordenadora, o segredo para atrair tantos estudantes para o curso é a paixão pelo cuidado com as pessoas. “Além disso, está a seriedade do curso que nos traz ótimos resultados desde quando começamos. O curso é de uma seriedade enorme. Para ser aprovado em todas as matérias da teoria precisa ter ainda a parte prática, que o Conselho Federal de Enfermagem exige, no mínimo, a realização de 20 partos e de 15 consultas de pré-natal, cuidados como o recém-nascido”, entre outros.
A palestrante, Margarete Maria de Lima, que é doutora em Enfermagem pelo Programa de Pós Graduação em Enfermagem da UFSC e coordenadora do Projeto de Extensão “Grupo de gestantes e casais grávidos da UFSC: duas décadas junto à comunidade”, ressalta que a palestra teve ênfase na saúde sexual reprodutiva.
“É um direito das mulheres de fazerem escolhas sobre quando e se querem ou não ter filhos. Durante a apresentação, trabalhei a responsabilidade do enfermeiro obstétrico para que, além da assistência ao parto, eles possam também falar sobre planejamento sexual e saúde reprodutiva. Esta área é uma grande lacuna na área da enfermagem. O enfermeiro generalista pode atuar na saúde sexual reprodutiva, mas a Organização Mundial de Saúde (OMS), aposta na atuação do enfermeiro obstétrico, porque os cuidados com a mulher, muitas vezes, recaem sobre a atuação deste profissional”, finaliza.