Qual era a preocupação da maioria das pessoas no início de 2020? Muitos podem dizer que seria a pandemia da Covid-19. Porém, a resposta correta para o questionamento é: a Internet das Coisas.
A provocação foi usada pela reitora da Universidade Veiga de Almeida (UVA) Maria Beatriz Balena Duarte, em palestra proferida na noite desta quarta-feira (21/02), durante a Formação de Docentes da Unesc, para demonstrar que não há como prever o futuro e que muitos dos desafios dos professores seguem sendo os mesmos.
Durante a palestra com a temática “Desafios e descobertas na jornada docente: navegando pelas novas perspectivas do ensino superior”, ela fez diversas provocações e destacou o papel do professor.
“O improvável, o imprevisível, são as coisas mais certas de acontecer na nossa vida. E nós, muitas vezes, achamos que sabemos muito, que podemos muito, que previmos muito e que o aluno não vai aprender, que o diploma não vai ter valor, que a inteligência artificial vai tomar o nosso lugar.
Outro exemplo citado pela convidada foi o ensino híbrido que ganhou espaço durante a pandemia. “Vamos parar de olhar para aquilo que é evidente e que está mudando muito e que vai mudar ainda mais. Vamos tentar olhar para aquilo que nunca vai mudar. Quem falaria de híbrido há cinco anos? Ninguém”, enfatiza.
Visando o início das aulas de 2024, marcado para a próxima segunda-feira (26/02), os profissionais da Unesc iniciaram a Formação Permanente de Docentes 2024 no dia 15 de fevereiro e seguem em capacitação até o dia 23.
O óbvio
Além da reitora da UVA, Beatriz também ocupa a função de segunda tesoureira do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (Crub).
Aos professores da Unesc, ela ainda lembrou que muitas pessoas têm a tendência de desdenhar daquilo que é mais óbvio, que não se vê por estarem muito ocupadas no dia a dia. “Geralmente, estamos preocupados em gerar evidências de que algo, ou vai dar certo ou não. O tanto que pensamos que sabemos é porque olhamos para o passado e ficamos o explicando. Achamos que podemos ser bons fazendo previsão do futuro. Pensamos ser bons em previsão”, conta.
“O Mundo mudou e foi bem na minha vez”
“Os desafios docentes só mudam o endereço”. Entre estes desafios presentes em todas as unidades educacionais apresentados por Beatriz, está a diversidade de alunos, o uso da tecnologia e, principalmente, o bem-estar educacional, que não envolve só alunos, envolve também professores.
“Hoje, o mal-estar docente é uma das características mais importantes e mais prevalentes em tudo que se fala em termos de recursos humanos, ou em termos de propostas de melhoria da condição docente. Nós não estamos falando de salário, mas sim de bem-estar, ou seja, a saúde mental”, pontuou.
Inteligência artificial
Para a professora, uma das coisas que preocupa muitos professores é a Inteligência Artificial. Durante a apresentação, que ocorreu no Auditório Ruy Hülse, ela citou como esta tecnologia se insere na nova realidade. “Estamos tendo que enfrentar. Eu tenho certeza que em algum momento dessa vida você parou para pensar que a Inteligência Artificial vai tirar o emprego do professor e que a tarefa docente irá acabar. Será? Eu tenho uma visão diferente sobre isso, mas, claro, ela chegou pra ficar, então é melhor começarmos a pensar em um jeito de interagir com ela e não virar as costas”, relata.
Por outro lado, mesmo com o avanço tecnológico em todos os segmentos, Beatriz reforçou que algumas coisas não mudaram. Ela citou que uma pesquisa da Catho apontou que entre as características mais importantes que definem um bom profissional está o respeito à hierarquia e à pontualidade, além de saber se comunicar de maneira clara e assertiva.
Outro ponto relatado pela reitora da UVA, está relacionado às soft skills destacadas por empreendedores durante o Fórum Econômico Mundial. Entre elas: resiliência; integridade; motivação; capacidade de inspirar; pensamento crítico; entre outras.
“Há mil anos que o método de ensino passa por ter uma pessoa, o professor, que tem o conhecimento e o passa para os alunos. Com as mudanças, o docente precisa se imaginar como arquiteto do conhecimento, que constrói pontes entre o passado e o futuro, enquanto os nossos alunos navegam por um oceano digital de possibilidades. A revolução tecnológica não é uma ameaça, mas sim uma oportunidade para ampliar horizontes, de transcender fronteiras antes inexploradas na busca pelo saber”, pontua.
Oportunidade para ingressar na sonhada graduação
Como uma Instituição completa para oferecer a excelência em todos os âmbitos de atuação, a Unesc está preparada para receber os novos acadêmicos. As matrículas para os cursos de graduação da Universidade estão abertas aos interessados em ingressar já em fevereiro.
Para iniciar o sonho de cursar uma graduação na Unesc não é necessário realizar vestibular, com exceção do ingresso no curso de Medicina. Basta ter histórico escolar em mãos, documentos de identidade e o desejo de dar o primeiro passo.
Para posteriormente concorrer a bolsas de estudo, entre elas do programa estadual Universidade Gratuita, é necessário que o estudante já esteja matriculado, ou seja, é importante que garanta a vaga no curso desejado.
Na página unesc.net/graduacao é possível acessar todas as opções em graduação presencial e os diferenciais de cada um.
Mais informações sobre ingresso podem ser obtidas pelo contato (48) 9 9915-0433.