Acadêmicos do curso de Medicina realizaram, na manhã deste sábado (2/12), ação de conscientização e prevenção a diabetes e hipertensão, alusivos ao Dia Mundial do Diabetes, celebrado em 14 de novembro. A ação, realizada após adiamento decorrente ao mau tempo, ocorreu de forma conjunta por meio das ligas Acadêmica de Endocrinologia e Metabologia e da Liga Acadêmica de Nutrologia, com apoio do Diretório Central dos Estudantes (DCE).
A iniciativa ofereceu à população medição de glicemia e aferição de pressão, como forma de prevenção e conscientização das duas doenças. “Na última ação que realizamos apenas de hipertensão, percebemos que havia uma procura maior sobre diabetes. Desta forma, oferecemos hoje uma abordagem conjunta dos acadêmicos das ligas Acadêmica de Endocrinologia e Metabologia e da Liga Acadêmica de Nutrologia, a fim de conscientizar de forma mais completa a população”, ressaltou a Presidente da Liga Acadêmica de Nutrologia (Lanutro), Mariana Costa, acadêmica da 7ª fase de Medicina.
Enquanto faziam aferição de pressão e medição de glicose, os acadêmicos realizaram ainda orientações complementares, como a busca por exames na atenção básica de saúde. “Em caso de alguém ter uma glicemia mais preocupante, orientamos a busca pelos exames na atenção primária. Algumas pessoas inclusive já têm diagnóstico, mas não estão buscando o tratamento correto porque não entendem as consequências da doença que podem ser graves”, enfatizou Mariana.
A acadêmica da 10ª fase, Thaís Marson Meneguzzi, descobriu recentemente ser portadora de diabetes e não apenas mudou seus hábitos como a escolha pelo futuro como médica. “Quando entrei na medicina não pensava em fazer endocrinologia, mas após o meu diagnóstico de diabetes acabei me interessando pelo assunto e vou me especializar nessa área”, afirma.
“Ações como essa ajudam a diagnosticar a doença em estágios iniciais, afinal, diabetes é uma doença silenciosa, que tem poucos ou nenhum sintoma no início, mas pode trazer problemas ao longo do tempo. Geralmente a descoberta é feita quando a pessoa já apresenta complicações de saúde mais graves, como por exemplo, nefropatia. É preciso sempre enfatizar a importância do diagnóstico precoce”, ressalta Thaís.
O professor do curso de Medicina e médico endocrinologista João Filipe Feltrin Caciatori ressalta que a ação orienta a população, lembra sobre a doença e auxilia o maior diagnóstico dessa condição. “O diabetes, assim como outras condições crônicas, é uma condição muito silenciosa em estágios iniciais, o que acaba fazendo com que a gente tenha um subdiagnóstico ou mesmo um diagnóstico tardio. Esse tipo de ação é um alerta sobre a importância de a gente fazer o rastreio dessa condição. Já que ele não causa sintomas logo no início, o diagnóstico precoce é fundamental para que possamos prevenir as complicações que acabam sendo relacionadas à evolução da doença”, afirmou o professor, enfatizando que quanto mais precoce o diagnóstico, quanto mais cedo o tratamento é instituído, menor o risco de complicações relacionadas ao diabetes.
Depois de descobrir aos 60 anos a diabetes, Almir Soares Amorim passou a cuidar melhor da alimentação e da saúde. “Descobri quando passei mal na rua, tive pneumonia e encontraram a doença. Agora cuido de tudo, até mesmo meu café é amargo”, comentou Almir, que diariamente toma os remédios indicados pelo médico.
Já Marcos Pereira Rodrigues, tem hipertensão e diabetes tipo 2, descoberta aos 35 anos. “Sigo cuidando, tomo insulina todos os dias e remédio para a pressão. Sou de Brasília (DF), e lá as ações desse tipo acontecem mais longe de casa. Aqui tem com mais frequência, o que considero importante, afinal nossa vida que está em jogo”, afirmou.
