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Ações Comunitárias

Vítimas de violência domésticas são acolhidas
nas Clínicas de Psicologia da Unesc

Projeto “Respira” atende mulheres encaminhadas pelo Ministério Público, com reuniões todas às sextas-feiras, à noite, nas Clínicas Integradas de Saúde (Fotos: Décio Batista/Agecom/Unesc)

Pessoas que sofrem de violência doméstica precisam de acompanhamento psicológico até apagar da sua mente o trauma vivido pelos abusos sofridos em uma relação. Para amenizar essas dores, a Clínica de Psicologia da Unesc, tem o seu o Grupo Terapêutico para Vítimas de Violência Doméstica provinda do projeto Respira: Resiliência, Superação, e Proteção: Inspirando a Recuperação Após o Abuso.

E para mais uma roda de conversa e recuperação da autoestima, na noite desta sexta-feira (3/11), foi realizado um encontro voltado para as inscritas no projeto. Durante a reunião também aconteceu a aplicação de diversas Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (Pics), além de sessões de psicoterapia em grupo. As pessoas que estão sob medida protetiva e inscritas no “Respira” se reúnem regularmente nas sextas-feiras desde o início do semestre. Esse atendimento desperta o interesse da sociedade e o crescimento de interessados em querer participar.

Segundo o psicólogo da Clínica de Psicologia e coordenador do projeto, Geison Carvalho, o grupo surgiu de um encontro entre a clínica e o promotor da 12ª Promotoria de Justiça de Criciúma, Samuel Naspolini. “A finalidade do projeto consiste na escuta atenciosa e na reabilitação das vítimas de violência doméstica que se encontram sob a proteção de medidas protetivas. Com o intuito de complementar a abordagem jurídica com um enfoque terapêutico, direcionado à mitigação das cicatrizes deixadas por essas relações agressivas. A proposta deste projeto, que já está na sua segunda turma, abraça a concepção de uma sólida rede de apoio destinada a amparar e fortalecer essas mulheres”, explicou.

A noite foi uma oportunidade para a recuperação da autoestima através de maquiagem oferecida pelas consultoras Mary Kay, Adriana Zomer Machado e Adriane Stroher e da auriculoterapia, aplicada pela residente de Farmácia, Monique Rodrigues. Após esses agrados, as participantes conversaram sobre recuperação da autoestima e sobre o autocuidado.

Violência após 27 anos de união

Uma das participantes, Maria (nome fictício), disse que sofreu agressões domésticas e hoje está renovada, com o auxílio obtido na Unesc. “Estou me sentindo muito bem, está sendo a melhor coisa da minha vida. A gente conversa com os profissionais que vão abrindo nossas cabeças. Hoje estou me sentindo alguém na vida, me rebaixei muito por causa do problema sofrido. Era um relacionamento de 27 anos, a pessoa era dependente de álcool, me batia perto dos filhos. Quando eu vi que as agressões eram demais, resolvi procurar ajuda e fiz a denúncia no Ministério Público. Uma moça me convidou e prontamente aceitei na hora, pois sempre acordava, sentia uma coisa ruim dentro de mim. Hoje estou renovada com a graça do bom Deus. Só tenho que agradecer esse acolhimento aqui na Unesc”, comentou.

Libertação

Segundo a participante Diana (nome fictício) participar do grupo é enriquecedor. “Aqui estou aprendo cada vez mais a me reconhecer, aumentar a minha autoestima. Consegui me libertar de algumas coisas, alguns medos e em cada encontro percebi que não é só eu que passo por essa situação. Fui casada por 18 anos, uma relação abusiva, por ciúmes. Quando vi que não precisava mais passar por isso, pois meus filhos cresceram, eu dei um basta. Registrei um boletim de ocorrência (B.O.) na delegacia e o mesmo foi parar no Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que me encaminhou para este grupo de apoio aqui na Universidade. Esses encontros tem me ajudado muito a superar meus traumas”, salientou.

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