O Sul catarinense protagoniza mais um pioneirismo em Santa Catarina. A região passa a contar com o Comitê Técnico Científico Regional Sul da Defesa Civil, o primeiro fora da Grande Florianópolis.
A oficialização ocorreu em encontro realizado no Parque Científico e Tecnológico (Iparque), da Unesc, Universidade Comunitária da região que integra a nova entidade. A articulação para a criação do novo grupo iniciou no primeiro semestre deste ano, sendo que os nomes de todos os integrantes constam na Portaria 235, publicada no Diário Oficial do Estado do dia 13 de setembro.
“A Unesc é um grande banco de talentos formado por professores, acadêmicos e pesquisadores com grande expertise para atuar em diversas áreas, como, por exemplo, o gerenciamento de risco. Com isso, poderemos contribuir de forma significativa com o comitê. Como Universidade Comunitária, não poderíamos ficar de fora desta iniciativa pioneira que visa auxiliar as defesas civis dos municípios de nossa região”, ressalta a reitora Luciane Bisognin Ceretta.
Representantes
Ao agradecer a indicação para ser membro titular e representar a Unesc no comitê, o coordenador do Centro de Engenharia e Geoprocessamento (Cegeo), do Iparque, Jóri Ramos Pereira, salienta que o grupo trabalhará de forma técnica e científica em grandes projetos que possam melhorar e minimizar os impactos ocasionados pelas mudanças climáticas.
“O Iparque, por exemplo, já elaborou mapeamento de áreas de risco, projetos de dimensionamento, infraestrutura para contenção de riscos hidrológicos, entre outros. Isso sem contar todos os demais segmentos que a Universidade atua e podem contribuir com o comitê”, salienta Pereira.
Representante da Unesc, Jóri Pereira fala da participação da Universidade no comitê:
Quem também representa a Universidade, mas como membro suplente, é o pró-reitor de Administração e Finanças (Proaf), José Otávio Feltrin. “Ao longo de 50 anos, a Defesa Civil construiu uma história de sucesso ao prestar excelentes serviços ao povo catarinense. Este comitê surge para agregar com este trabalho, já que as instituições de Ensino Superior colocam todo o conhecimento produzido à disposição das cidades”, relata.
Cada região com a sua particularidade
O primeiro e único comitê criado até o nascimento do grupo que representa o Sul do estado, nasceu em 2019, na Grande Florianópolis. “Como a Defesa Civil fez 50 anos em 2023 e nós estamos há algum tempo estimulando a criação dos comitês regionais, decidimos dar mais este passo”, cita a gerente de Pesquisa e Extensão da Defesa Civil de Santa Catarina, Regina Panceri.
Gerente de Pesquisa e Extensão da Defesa Civil de Santa Catarina, Regina Panceri, salienta os objetivos do novo órgão:
Ainda conforme Regina, cada parte do estado possui a sua particularidade, o que torna os comitês regionais ainda mais importantes. “A ideia é congregar para aumentarmos a produção de conhecimento na área e, quem sabe, as universidades possam criar disciplinas, projetos de Extensão ou atividades vinculadas ao comitê. Esta representação tem uma seriedade, pois são profissionais vinculados à área e que representam a academia. Trata-se de uma possibilidade de articulação entre quem está na ação e quem produz conhecimento, mas que também está em contato com a realidade”, enfatiza.
Atuação
O Comitê Técnico Científico Regional Sul da Defesa Civil tem outra particularidade: além das universidades, conta com representantes das bacias hidrográficas, que atuaram em auxílio às Defesas Civis municipais.
“As Defesas Civis das cidades compreendem tanto o universo da preparação, mitigação e prevenção, quanto da gestão do desastre, organização do caos, avaliação dos danos e recomposição dos cenários. O conhecimento científico sairá das universidades e contribuirá com todo este trabalho para que possamos organizar uma rede de atendimento”, explica o coordenador Regional Sul da Defesa Civil e do comitê, Rosinei da Silveira.
Coordenador Regional Sul da Defesa Civil e do comitê, Rosinei da Silveira, descreve o trabalho que será desempenhado pelo grupo:
“Agradecemos a Unesc que nos recepciona e traz outras instituições para que de maneira integrada possamos constituir um grupo forte e colaborativo com as Defesas Civis municipais”, pontua Silveira, acrescentando que o comitê poderá ainda ser acionado, por exemplo, para compor o Grupo de Ações Coordenadas (Grac).