Alessandra Andresa Costa da Silva é uma mulher preta, periférica e mãe solo. Aos 37 anos de idade, talvez ela pensasse que o sonho de ocupar um banco de universidade estivesse longe, mas isso mudou em 2022 quando a Unesc lançou o Programa de Equidade Racial.
Desde então, ela frequenta o curso de Nutrição e já projeta o futuro. “A importância da bolsa é imensa. É um divisor de águas porque tudo começa pela educação. Precisamos ter muita vontade e garra e a Unesc disponibiliza esta oportunidade que eu aproveito imensamente. Estou feliz e tenho a intenção de fazer mestrado e doutorado em retribuição a todo o carinho, atenção e qualidade da educação que tenho disponível na Universidade”, conta.
Na terceira fase do curso, a futura nutricionista é um dos 216 acadêmicos beneficiados com o Programa de Equidade Racial da Unesc que participaram de uma roda de conversa com a reitora Luciane Bisognin Ceretta com o objetivo de conhecer ainda mais a Instituição que frequentam.
Mais do que se pronunciar aos estudantes, a reitora solicitou que cada um deles se apresentassem e falassem como se sentem na Universidade. “Nos locais que ocupamos, todos nós temos projetos que são as nossas paixões, e o Programa de Equidade Racial é a minha. Ele toca o meu coração profundamente. A porta da Unesc está aberta, mas cada um dos nossos acadêmicos precisa se sentir seguro, tranquilo e protegido. Queremos que sintam-se em casa na Unesc, pois todos são muito bem-vindos. Em 2022 conseguimos colocar em prática esse projeto inédito e exclusivo da Unesc com o qual sonhamos e estamos comprometidos sempre”, salienta a reitora.
Desde 2022, o Programa de Equidade Racial, instituído pela reitora Luciane Bisognin Ceretta, faz parte das Políticas de Ações Afirmativas, realizadas de forma constante pela Universidade.
Por meio desta iniciativa a Unesc oferece bolsas de estudo de 50% a 100% para pessoas negras – pretas e pardas, e indígenas. Para a maioria destes acadêmicos, o ambiente universitário é novo, por isso a necessidade de integrá-los com este espaço. Surgiu então a ideia da realização de um encontro entre os estudantes e a reitora Luciane Bisognin Ceretta.
“São 216 acadêmicos contemplados com a bolsa e que fazem parte dos mais variados cursos da Universidade, então, desde o ano passado, buscamos fazer esta roda de conversa com a reitora, porque para eles, tudo se torna novo. É um encontro muito importante porque eles deixam de ver a reitora à distância e percebem o que nós sentimos como professores e colaboradores: que ela é uma pessoa próxima e extremamente acessível”, comenta a coordenadora do coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi), Normélia Ondina Lalau de Farias.