O Transtorno Bipolar e todos os seus detalhes do ponto de vista científico foram foco do 21º Simpósio de Psiquiatria na Interface Cérebro e Mente, tradicional evento promovido pelo Laboratório de Psiquiatria Translacional da Unesc, realizado nessa sexta-feira e sábado (15 e 16/09).
De abrangência nacional e internacional, o Simpósio reuniu cientistas, profissionais e estudantes da área da saúde, além de membros da comunidade, para discutir o impacto do transtorno bipolar na vida dos pacientes.
Conforme a pesquisadora e membro do Laboratório, Samira Valvassori, este é um evento que tem objetivo reunir profissionais de vários setores, incluindo saúde, farmacêutico e educação, para compartilhar insights e explorar novas abordagens terapêuticas, para melhorar a qualidade de vida dos indivíduos afetados por esse transtorno mental. “Neste sentido, foi muito produtivo ouvir tudo o que os pesquisadores convidados tiveram a compartilhar acerca das suas pesquisas nessa temática. A área da Pesquisa é uma construção coletiva em que cada avanço individual representa um degrau que avançamos em busca de entender e encontrar soluções para os temas estudados”, destacou.
De acordo com a pesquisadora, a temática atrai olhares de todo o mundo pois é assunto cotidiano em consultório e demais espaços de saúde, já que o transtorno afeta cerca de 1 a 2% da população mundial, o que representa cerca de 157 milhões de pessoas.
Entre as temáticas abordadas em torno do assunto estiveram prejuízo e reserva cognitiva; gestação; nutrição e exercício físico; bases genéticas e epigenéticas do transtorno; casos resistentes a tratamento, além de especificidades e similaridades da Esquizofrenia, Transtorno Esquizoafetive e Transtorno Bipolar, entre outros.
“A fisiopatologia do transtorno bipolar é complexa, e vários de seus aspectos permanecem desconhecidos. Em conjunto com esse fato, a sua sintomatologia caracterizada por episódios de humor cíclicos e antagônicos faz com que o transtorno bipolar seja um transtorno de difícil tratamento, o que aumenta ainda mais a necessidade das pesquisas em torno disso”, acrescenta Samira.