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Atualidades

Estudo de pesquisadores da Unesc analisa desigualdades no uso dos serviços de saúde

Pesquisa foi realizada por professores do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSCol)

A revista científica Epidemiologia e Serviços de Saúde publicou o artigo “Desigualdades no uso dos serviços de saúde em um município no Sul do Brasil em 2019”, realizado por pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSCol) da Unesc. O estudo constatou que o uso do Sistema Único de Saúde (SUS) é mais frequente em idosos, pessoas menos escolarizadas e com menor renda. 

O artigo faz parte de um trabalho coletivo coordenado por professores doutores em Epidemiologia da Unesc, Antônio Augusto Schäfer e Fernanda de Oliveira Meller, juntamente com a egressa em Saúde Coletiva da Unesc, Micaela Rabelo Quadra.

As entrevistas foram realizadas entre março e dezembro de 2019 com 820 pessoas em mais de 600 domicílios e com idade acima de 18 anos, residentes na área urbana do município de Criciúma. O estudo analisou a utilização das consultas médicas, odontológicas, orientação nutricional e uso do SUS de acordo com idade, escolaridade e renda dos usuários. 

Os resultados indicaram que a consulta médica foi mais frequente entre os idosos, enquanto a consulta odontológica foi menos frequente nesse grupo populacional, em comparação com os jovens. Ainda, as consultas odontológicas e de orientação nutricional foram mais frequentes em pessoas mais escolarizadas. O artigo também destacou que o uso do SUS foi mais frequente em idosos, menos escolarizados e com menor renda.

De acordo com a pesquisadora Fernanda de Oliveira Meller, o trabalho é importante para caracterizar diversos aspectos relacionados à saúde da população criciumense. “A partir dessa pesquisa, foram realizadas várias dissertações de mestrado, trabalhos de conclusão de curso e artigos científicos publicados em revistas nacionais e internacionais”, destaca. 

“Os resultados do estudo mostram que existem desigualdades na utilização dos serviços de saúde, indicando a necessidade do direcionamento de políticas de saúde aos grupos que apresentaram maior risco de desigualdade”, explica a docente.

Segundo o professor doutor Antônio Augusto Schäfer, o estudo mostra que 96,3% dos entrevistados acessaram algum serviço no último ano. “Desses, 40,4% utilizaram o SUS”, explica. “Quanto às consultas, 88,3% realizaram consulta médica, sendo 64,4% feitas no SUS. A frequência de realização de consulta odontológica foi de 68,8%, a maioria realizada no setor privado (71,7%). Pouco mais de um quarto dos entrevistados havia recebido orientação nutricional (29,8%), 58,8% pelo SUS”, completa.

Conforme a egressa do PPGSCol, Micaela Rabelo Quadra, analisando possíveis desigualdades no uso dos serviços de saúde, observou-se que a realização de consulta médica foi mais frequente nos idosos. “Já a consulta odontológica foi maior nos mais jovens e mais escolarizados, e o recebimento de orientação nutricional foi mais frequente nos indivíduos mais escolarizados”, conclui.

Acesse o link do artigo: DOI: https://www.scielo.br/j/ress/a/hbXZZpM5qmdnGb3Hz6LxK4r/

 

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