É nas grandes perguntas que a pesquisa ganha vida. Que a teoria é colocada em prática; que questionamentos são respondidos. Que a ciência nasce! É no método cuidadosamente aplicado que a história acontece. É a partir dali que a ciência ganha vida e reverbera para a comunidade, para o país e para o mundo.
Na Unesc, por exemplo, mais de 90 grupos de pesquisa produzem conhecimento; dentro deles, 418 projetos vêm sendo desenvolvidos. Hoje, a Universidade conta com 84 pesquisadores de alta produtividade que atuam junto aos Programas Stricto Sensu da Unesc. Todos, cada qual com atuação na sua área do conhecimento, exercem as suas atividades numa estrutura de ponta, com laboratórios e projetos estruturantes que oportunizam aos estudiosos as melhores condições para desenvolverem seu trabalho.
Nos seus 55 anos de história, a Universidade transformou-se em um verdadeiro nascedouro da ciência. Uma enciclopédia de estudos que transformam vidas e realidades!
Posicionada entre as 150 maiores Universidades da América Latina, e entre as 20 universidades não-estatais referência em pesquisa no Brasil, a Unesc entrega e socializa conhecimentos e alternativas para a melhoria da saúde, da educação, do meio ambiente, da tecnologia e do desenvolvimento socioeconômico.
“Entendemos a ciência como pilar fundamental para o desenvolvimento do nosso país. Investir em educação é investir no futuro, fortalecendo não apenas o progresso científico, mas também o desenvolvimento socioeconômico. Juntos, continuaremos impulsionando o conhecimento e transformando realidades!”, comenta a reitora Luciane Bisognin Ceretta.
A Unesc, conforme salienta a reitora, é a única não-estatal, na área de medicina, com um programa de Pós-graduação com nota máxima em avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão vinculado ao Ministério da Educação. “O resultado, que demonstra a potência da Universidade na área da saúde, aponta o destaque internacional do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS), com trabalhos divididos entre as áreas de Fisiopatologia e Neurociências. Um de nossos grandes exemplos”, menciona a reitora.
Nas últimas semanas mais um fato evidenciou esse destaque. Isso porque três profissionais da Universidade se destacaram entre os melhores do Brasil, em 2022, apontados pelo ranking Research.com. Integrantes do PPGCS, Samira da Silva Valvassori e Gislaine Zilli Réus, foram apontadas entre as mais influentes na Neurociência e Felipe Dal Pizzol, na Medicina.
A plataforma Research.com avalia os cientistas por área, gerando o índice H (H-index), um instrumento que quantifica a produtividade e o impacto de pesquisadores ou de grupos de pesquisas, ou seja, funciona como uma régua que mede o impacto de estudos, a partir do número de citações em artigos científicos.
Por meio da Pesquisa, o reconhecimento internacional
Felipe Dal Pizzol se apaixonou pela pesquisa logo no início da graduação. Médico e doutor em ciências biológicas, cursou o pós-doutorado em Londres e passou por um período sabático no Instituto Pasteur, em Paris. Mas foi na Unesc que desenvolveu a carreira como pesquisador. “A Universidade é o centro de toda a minha trajetória; foi lá que desenvolvi a linha que, até hoje, tenho como principal. Felizmente, após tantos anos de dedicação, alcancei reconhecimento nacional e internacional no tema sepse. Isso é um marco extremamente relevante na minha carreira”, explana ele.
Hoje considerado um dos pesquisadores mais influentes do mundo na medicina, Dal Pizzol conta que fazer pesquisa no Brasil é um desafio, muitas vezes frustrante; porém, ter uma Instituição sólida e reconhecida como a Unesc como base faz a realidade ser diferente. “O futuro é construído a cada dia. Dificilmente conseguimos prever, para o país, os próximos cinco anos com tranquilidade. Mas estar na Unesc faz essas incertezas se evadirem. O otimismo é muito maior”, pontua.
Uma estrutura de base
A fim de ser a base sólida que os pesquisadores precisam para desempenhar seus estudos, a Unesc investe tempo, recursos e estrutura. O Parque Científico e Tecnológico (Iparque) é um exemplo disso. Composto por três institutos e uma incubadora com diferentes atribuições, ele tem o propósito de atender organizações do setor público e privado e ofertar serviços diferenciados.
A pró-reitora de Pesquisa, Pós-Graduação, Inovação e Extensão, Gisele Coelho Lopes, ressalta que o Iparque dispõe de uma ampla estrutura capaz de dar vazão às necessidades geradas. “Contamos com profissionais altamente qualificados na oferta de soluções para o setor público e produtivo. O Parque é altamente favorável ao desenvolvimento de Pesquisa, Ensino e Extensão”, garante.
Para ela, a Unesc “tem alma, tem vontade de transformar a sociedade”. E para isso, realiza uma série de movimentos que ampliam a visão de mundo dos acadêmicos e docentes. Um deles é a internacionalização. “Nós temos vocação regional, mas uma amplitude internacional. Entendemos que não vivemos em uma ilha; precisamos fazer as pessoas que vivem aqui se conectarem com o mundo. Por isso possuímos mais de 40 acordos internacionais, que dão a oportunidade para que os nossos acadêmicos e professores tenham uma formação em outro país; assim como também recebemos pesquisadores e estudantes de outras nacionalidades, criando um processo de aprendizagem mútua”.
Ainda de acordo com a pró-reitora, a mobilidade acadêmica permite o desenvolvimento de pesquisas em parceria, ampliando a discussão e fazendo ciência de modo colaborativo. “Entendemos que a principal finalidade da Pesquisa é propor soluções para problemas reais, e não apenas desenvolver papers para deixar na gaveta”, diz, ao complementar: “a Unesc nasceu em uma época em que Criciúma precisava diversificar sua economia, até então basicamente centralizada na cerâmica e mineração. E com o tempo, acabamos assumindo esse protagonismo de desenvolver profissionais, estimular a ciência e colaborar com a comunidade por meio da Extensão, Pesquisa, Inovação e Tecnologia”, complementa.
“Os estudos produzem os caminhos para as soluções”
Há 23 anos Graziela Fatima Giacomazzo Nicoleit entrava pela primeira vez em uma sala de aula da Unesc. O objetivo? Lecionar sobre Informática na Educação, no curso de Pedagogia. Desde então, a Universidade passou a ser cada vez mais presente na sua vida. “Em 2003 me inseri no Grupo de Pesquisa da Universidade. E foi a consolidação na pesquisa que proporcionou o meu ingresso como professora no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) e na coordenação do Grupo de Pesquisa Interdisciplinar em Educação e Cultura Digital (EducDigital)”, conta.
Atualmente, morando em Portugal, Graziela cursa o pós-doutorado na Universidade de Lisboa, e lá desenvolve a pesquisa intitulada “Competências digitais docentes na formação inicial de professores: em estudo em Portugal e Brasil”. O projeto dá sequência à trajetória acadêmica e profissional da educadora, e aprofunda os conhecimentos no campo da educação, tecnologias e formação de professores. “Acredito que as melhores respostas para os problemas reais e para o futuro da educação emergem dos estudos – pois são eles que produzem caminhos para as soluções. E por isso mesmo, tenho plena convicção do fortalecimento da produção científica qualificada no Brasil”.
A reitora Luciane Ceretta reitera a afirmação, ressaltando que a Pesquisa é um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento de qualquer nação. “É lindo ver que aqui a ciência nasce. Que por meio dos nossos investimentos, estamos contribuindo com a mudança – para muito melhor – da sociedade em que vivemos. Não temos dúvida do quanto a produção acadêmica promove avanço econômico, tecnológico e social. E justamente por isso, continuaremos investindo cada vez mais em transformação, em um Brasil melhor”.
Especial Samira Pereira/Alfa Comunicação e Conteúdo