Com o tema “Infâncias Plurais”, a Unesc recebeu nesta segunda e terça-feira (26 e 27/06), a 3ª Jornada Catarinense de História da Infância e da Juventude, evento que teve como objetivo compreender e analisar as infâncias com relação à diversidade étnico-racial, de gênero, religião, território, classe social, entre outros.
A iniciativa contou com pesquisadores da Unesc, da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e da Universidade Regional de Blumenau (Furb) que destacaram estudos de sucesso em suas respectivas instituições.
“Esta é a primeira vez que a Jornada acontece fora de Florianópolis, o que significa que estamos inserindo a nossa Universidade neste contexto para falar sobre as infâncias e as juventudes no campo da História. Com isso, nossos acadêmicos e professores interagem com pesquisadores e pesquisadoras de outras instituições em um compartilhamento entre aquilo que nós produzimos e o que é elaborado em outros polos”, enfatiza o diretor de Pesquisa e Pós-Graduação da Unesc e um dos organizadores da jornada, Ismael Gonçalves.
A proposta do encontro é criar um espaço de reflexões sobre as infâncias catarinenses e oportunizar que, deste intercâmbio, surjam novas e amplas possibilidades de pensar, acolher e respeitar as experiências infantojuvenis, suas culturas e formas de atuação em diferentes sociedades do passado, do presente e do futuro.
“Nós temos uma discussão muito forte, que é pensar as infâncias nas suas diferentes esferas, então o evento busca construir um campo de atuação, ou seja, um campo de pesquisa e que pense as infâncias e a juventude como se elas fossem múltiplas. Isso tudo nos possibilita discutir os direitos humanos, por exemplo, estabelecendo conexões distintas”, relata.
Mudanças
Gonçalves acrescenta que há um processo de mudança como parte dos processos históricos, o que dá maior sentido ao evento. “Isso significa que a infância nunca será repetida, por isso estamos estudando aqui hoje as possibilidades de existir das crianças múltiplas, diferentes, independentemente do tempo e do espaço, ou seja, elas se conectam em longa duração. As infâncias são distintas e não se repetem de um ano para o outro, de uma década para outra. Elas estão sempre em constantes mudanças”, fala.
Para a abertura, foram convidadas as professoras-doutoras Silvia Maria de Fávero Arend (Udesc), Camila Serafim Daminelli e Michele Gonçalves Cardoso, ambas da Unesc. A condução do início das atividades ficou a cargo do professor-doutor e coordenador adjunto do curso de História da Unesc, Ismael Gonçalves Alves.
A palestra que encerrou a jornada foi proferida pela professora da Unesc, Fernanda da Silva Lima que abordou o tema “Infância, Racismo e Políticas Públicas”.
A Jornada foi idealizada pelo Grupo de Trabalho História da Infância e da Juventude da Associação Nacional de História (Anpuh/Seção Santa Catarina), tendo a sua primeira edição realizada em 2017 e a segunda em 2018.