O Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da Unesc promoveu a primeira Defesa Pública de Tese de Doutorado na manhã desta sexta-feira (16/06) de forma híbrida. A doutoranda Morgana Bada Caldas apresentou sua defesa perante a banca examinadora, tendo o professor doutor Gildo Volpato como orientador.
A banca foi composta pelos professores doutores da Universidade, Gustavo Silveira Borges e Ricardo Luiz de Bittencourt, além dos docentes Ione Ribeiro Valle da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e Maria Isabel da Cunha da Universidade Federal de Pelotas UFPel.
A pesquisa teve como objetivo principal investigar o poder simbólico da norma, fundamentado no positivismo jurídico, como mecanismo de dominação e reprodução na formação dos bacharéis em Direito, utilizando a teoria sociológica de Pierre Bourdieu (1930-2002).
O trabalho adotou uma abordagem qualitativa, utilizando o método científico e a perspectiva analítica de Bourdieu. Foram analisados documentos públicos relacionados à história da estrutura curricular do ensino jurídico brasileiro, bem como as matrizes curriculares de cinco universidades do Sistema da Associação Catarinense das Fundações Educacionais (Acafe).
Além disso, foram realizadas entrevistas com 12 docentes, sendo seis do curso de Direito mais antigo entre as instituições investigadas e os outros seis do curso de Direito mais recente, para examinar a percepção sobre o fenômeno pesquisado.
Ao final da análise, Morgana chegou à conclusão de que os dados analisados demonstram que a norma, baseada no paradigma positivista enraizado na ciência do direito, exerce um poder simbólico que funciona como um mecanismo de dominação e reprodução no processo de formação dos estudantes de Direito.
Ela ainda agradeceu o apoio institucional e aos professores que foram fundamentais na sua formação como pesquisadora e capacitação docente. “Agradeço imensamente a todos que contribuíram para que eu pudesse pensar sobre a Educação, porque ela é libertadora”, mencionou.