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Profissionais da Unesc compõem
ranking mundial de pesquisadores

Samira da Silva Valvassori e Gislaine Zilli Réus são apontadas entre as mais influentes na Neurociência e Felipe Dal Pizzol, na Medicina. (Fotos: Marciano Bortolin/Agecom/Unesc)

A contribuição dos pesquisadores da Unesc com a sociedade e com a comunidade científica é, novamente, atestada internacionalmente. Isso porque, mais uma vez,  profissionais da Universidade se destacaram entre os melhores do mundo, em 2022, apontados pelo ranking Research.com.  

Integrantes do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS), Samira da Silva Valvassori e Gislaine Zilli Réus, são apontadas entre as mais influentes na Neurociência e Felipe Dal Pizzol, na Medicina. 

A plataforma Research.com avalia os cientistas por área, gerando o índice H (H-index), um instrumento que quantifica a produtividade e o impacto de pesquisadores ou de grupos de pesquisas, ou seja, funciona como uma régua que mede o impacto de estudos, a partir do número de citações em artigos científicos. 

Para a reitora da Unesc e presidente da Associação Catarinense das Fundações Educacionais (Acafe), Luciane Bisognin Ceretta, é motivo de orgulho ver três profissionais em um ranking que reúne os melhores do mundo, o que também valoriza e reforça o trabalho e o comprometimento de uma Universidade Comunitária.  

“É ótimo receber uma notícia como esta, justamente no mês em que a nossa Instituição completa 55 anos de existência, com investimentos constantes em ciência e pesquisa que promovem o desenvolvimento da região e melhoram a vida das pessoas. Ter em nosso meio profissionais como a Samira, a Gislaine e o Felipe, além de tantos outros, cada um referência em sua área, reforça o nosso compromisso e enche as comunidades interna e externa de orgulho”, enfatiza.  

Trabalhos com dedicação intensa

A professora e pesquisadora, Samira Valvassori, se dedica ao estudo dos biomarcadores envolvidos no Transtorno Bipolar

A professora e pesquisadora Samira Valvassori se dedica ao estudo dos biomarcadores envolvidos no transtorno bipolar. Além disso, estuda substâncias que podem ajudar no tratamento dessa condição clínica.

Para esse fim, a professora coordena os estudos clínicos em transtorno bipolar da Universidade e utiliza modelos animais para testar possíveis fármacos para o tratamento do transtorno de humor.

“Estar no ranking mais importante do mundo nas neurociências mostra que os nossos trabalhos são relevantes pois estão sendo citados por neurocientistas do mundo todo. Isso significa que estamos influenciando e inspirando outros trabalhos, não só no Brasil, mas em outros países, contribuindo para a melhoria da condição de vida dos pacientes”, relata.  

As pesquisas de Gislaine Zilli Réus giram em torno do transtorno depressivo. “Comecei no laboratório de Neurociência na iniciação científica ao cursar a graduação e não imaginava estar em um ranking de cientistas desta área. Temos muito trabalho pela frente, mas esta conquista evidencia que estamos realizando da maneira correta, além de mostrar a importância do que fazemos para inspirar outras pessoas a seguirem na pesquisa. Mostra também que a nossa atuação está sendo aproveitada pela comunidade científica, o que é muito gratificante”, frisa.  

Gislaine Zilli Réus estuda o transtorno depressivo

Desde 2001, o professor da Unesc e médico, Felipe Dal Pizzol, estuda a Sepse, que trata-se de uma resposta inadequada do organismo contra uma infecção que pode estar localizada em qualquer órgão. Destaque nos últimos anos, ele lembra que conquistas como esta não ocorrem somente por um trabalho, mas pelo esforço de toda a vida dentro de uma linha específica.

“Se uma pessoa fez somente um mega trabalho, não vai entrar no ranking, porque contribuiu pontualmente em algo. Atuo há 22 anos na  mesma linha de pesquisa. Se eu mudasse a cada ano, teria feito várias coisas boas, porém dispersas. Isso torna uma pessoa influente em determinada área, pois se trata de uma construção”, observa.   

“Cientista é um trabalhador como qualquer outro e as pessoas precisam entender que nós, como médicos, dentistas, somos cientistas. Uma das maneiras de ter destaque é por meio de artigos, congressos e demais atividades que executamos. Ser pinçado dentro deste ambiente altamente competitivo, como qualquer outra profissão, é um deferimento importante para qualquer um de nós”, menciona Dal Pizzol.   

Envolvimento das mulheres

Colegas de universidade e destaques frequentes quando o assunto é pesquisa, Samira e Gislaine enfatizam a importância de haver mulheres na ciência.

“Nos orgulhamos muito em estar no ranking dos melhores do mundo porque precisamos provar o tempo todo que somos boas, apenas por sermos mulheres e, mesmo assim, sempre tem alguém querendo colocar um porquê, tentando dar uma justificativa para o nosso destaque. Então, é bom mostrarmos que trabalhamos e que o que publicamos está sendo aproveitado por cientistas do mundo inteiro. Para mim isso é muito importante. Somos duas mulheres que estão neste ranking e ainda com um cientista tão importante que foi e ainda é inspiração para nós, além de ter sido nosso professor”, cita Samira, ao citar Felipe Dal Pizzol. 

Desde 2001, Felipe Dal Pizzol estuda a Sepse

 Contribuição da Unesc 

Dal Pizzol, inclusive, comenta que é ainda mais desafiador estar neste ranking em uma Universidade que não está localizada em um grande centro.

“Não estamos nos Estados Unidos, nem em São Paulo, onde o investimento em pesquisa é muito maior. Atuamos em uma cidade de médio porte, em uma Universidade que não é federal, mas sim Comunitária, então temos que agradecer a Unesc por isso. Não tem Instituição como a  nossa no ranking: jovem e fora de uma capital”, expõe. 

O ranking pode ser visualizado no link: https://Research.com/.

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